O mágico Luis de Matos, um activista de sempre na luta contra o AO90

Luis de Matos mantém-se firme na luta contra o AO90. Num “post” de hoje, 15.05.15 (às 0:30 h), na rede social Facebook, cita um texto que publicou em 2011 no seu “site” e que se mantém absolutamente actual.

LuisdematosFB150515

 

luisdematos_logoUma ILC é uma figura prevista no regulamento da Assembleia da República mediante a qual um grupo de cidadãos pode submeter um Projecto de Lei à votação em plenário. Por outro lado, AO é, para alguns, a sigla pela qual se conhece o “Acordo Ortográfico” e, para outros, as iniciais de adjectivos como “Anormal” e “Obtuso”, que bem descrevem o referido e suposto acordo.

Na história do nosso país, nunca nenhum grupo de cidadãos alheios a quaisquer partidos, organizações, ordens ou tendências políticas, fez uso da prerrogativa legislativa a que tem direito. No caso presente, esta ILC visa revogar a resolução que implementa o Acordo Ortográfico em Portugal. A suspensão do AO pretende criar condições para que efectivamente se averigúe a necessidade de um acordo ou, no mínimo, para que se corrijam as graves deficiências que unanimemente se lhe reconhecem.

No meu círculo de amigos, nove em cada dez pessoas consideram o Acordo Ortográfico um verdadeiro hino à patetice e à subserviência saloia. Na internet multiplicam-se os grupos de indignados com a implementação de uma resolução que não traduz qualquer acordo e muito menos tem uma motivação ortográfica, um dos quais com quase 150.000 cidadãos. A ILC é a única forma de eficazmente fazer ouvir a nossa voz. Para tal são necessárias 35.000 assinaturas em papel. O número de assinaturas está próximo de conseguir-se mas é muito importante que seja largamente ultrapassado para que, para além de conseguirmos parar com a implementação da verdadeira aberração que é o AO, consigamos igualmente demonstrar a quem manda que não podem fazer tudo o que lhes apetece quando, dando jeito a alguns, prejudica e vai contra a opinião da grande maioria.

Até hoje, não houve um único argumento dos defensores do AO que resistisse à mais inocente e humilde das argumentações. Porquê? Porque, por muito criativos que sejamos, é sempre extremamente difícil defender o indefensável. Porquê? Porque a evolução da língua faz-se com a passagem do tempo, com a intervenção dos falantes e não por acordo. Porquê? Porque a nossa língua não pode estar à mercê de políticos que, mesmo sem a dominar grandemente, decidem penhorá-la vendendo a nossa alma ao Brasil de Lula e aos interesses geopolíticos de alguns. Porquê? Porque nada podemos fazer às fotocópias mal tiradas e cujo pormenor se perde no próprio processo, mas sim podemos evitar convertê-las em norma e destruir o original.

Não podemos resignar-nos ao AO. É preciso dizer não ao português do Brasil e defender o português de Portugal. Uma língua não evolui por imposição. Uma língua não pode servir agendas pessoais. A ILC não é apenas uma forma de parar o grande disparate do suposto Acordo supostamente Ortográfico. A ILC é igualmente uma forma de fazer saber a quem manda que nós por cá estamos atentos. É fácil, basta visitar o site https://ilcao.com/ , ou seguir o código abaixo reproduzido, imprimir o documento que aí se disponibiliza, assinar e enviar pelo correio. Não temos que ser eternos conformados. Podemos fazer a diferença. Está na altura de assegurar às próximas gerações aquilo que os nossos antepassados garantiram para nós… a Língua Portuguesa.

“A língua é um património que não pode ser alienado por um grupo de iluminados…”

Luis de Matos

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