Excerto do programa “Política Mesmo” (TVI) emitido em 10 de Setembro 2014. Tema em discussão: início do ano “letivo”.
Intervenção de Maria do Carmo Vieira sobre a política em geral e os políticos que engendraram o “acordo ortográfico” em particular.
4 comentários
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O “acordo ortográfico” e o agachamento lusitano:
[. Ponto 4.2 («Justificação da supressão de consoantes não articuladas»), alíneas d) e f), em que se refere a «teimosia lusitana em conservar consoantes que não se articulam» quando a «norma brasileira» já «há muito as suprimiu», acentuando-se o facto de não se dever tentar «impor a sua grafia àqueles que há muito as não escrevem, justamente por elas não se pronunciarem.»]
Maria do Carmo Vieira tem razão. Não serão todos, mas é verdade que a Assembleia da República tem por lá muitos deputados que não merecem outro qualificativo senão o de boçal. Não vou aqui dar exemplos, mas conheço um há muitos anos que é uma vergonha para a AR e para o partido que sistematicamente o inclui nas listas.
Observei que a deputada Gabriela Canavilhas, também presente no programa, se mostrou sorridentemente incomodada com o termo boçal, embora eu acredite que não fosse intenção de Maria do Carmo Vieira incluir tão decorativa aristocrata no conjunto dos deputados boçais.
Eu acho que o acordo ortográfico vem simplificar a escrita.
O que é que significa “simplificar a escrita” ? Tirar letras às palavras ? Se é isso, então este acordo ortográfico devia ter ido mais longe. Por exemplo, não se percebe por que razão os brasileiros não foram convidados a acabar com as consoantes duplas que decoram muitos dos seus nomes e apelidos. Simplificavam a escrita e gastavam menos tinta das impressoras.