«Pergunto-me quantos destes “likers” e “dislikers” quase profissionais assinaram, de facto, a ILC, essa sim, ÚTIL! Dá muuuuito trabalho…»
(comentário de Maria Oliveira numa página da ILC no Facebook*, há três anos, numa altura em que essa página ainda “só” tinha 59328 seguidores…)
Às primeiras horas de sábado a ILC voltou a enviar uma mensagem através da plataforma “Causes”, onde 120.771 pessoas aderiram à Causa “Não queremos o Acordo Ortográfico”.
Não é algo que se possa fazer todos os dias. Por simples cordialidade, a ILC não pode agir de modo a importunar as pessoas — e os próprios gestores da plataforma “Causes”, muito naturalmente, recomendam que o envio de e-mails aos subscritores se faça em “doses homeopáticas”.
Mas, de vez em quando, vale a pena lembrar os mais de cento e vinte mil seguidores que, além de um simples “click” de rato, seria bom darem o passo seguinte, enviando a sua subscrição em papel.
Entre os vários comentários que já nos chegaram, permitimo-nos destacar o de Rute Inês, por uma razão muito simples – foi capaz de incluir na sua mensagem um compromisso solene: “segunda-feira formalizo a minha assinatura”.
Já valeu a pena. Seria bom que mais seguidores seguissem este exemplo, retirando (alguma) razão de ser ao comentário de Maria Oliveira com que abrimos este post.
[Abaixo, a transcrição parcial da mensagem afixada na nossa página “Não Queremos o Acordo Ortográfico!“, na plataforma digital “Causes“, em 19.04.14. Esta mensagem foi também enviada aos membros da página que indicaram email.]
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«A plataforma “Causes” começou por ser um “aplicação” do Facebook e foi aí mesmo que esta ILC foi lançada, em 2010. Mais tarde, por razões que (evidentemente) nos ultrapassam, a “APP” “Causes” deixou de integrar aquela rede social e tornou-se autónoma.
Continua a ser, porém, a maior plataforma de activismo “online” e por isso mesmo a ILC, naturalmente, marca aqui a sua presença. A nossa causa rapidamente reuniu um elevado número de seguidores — mais de 120.000, um número extraordinário, tanto mais que, na “Causes”, não é possível fazer “aderir” terceiros sem o seu conhecimento, como sucede, por exemplo, nos “grupos” do Facebook — cada um dos mais de 120.000 aderentes a esta causa fê-lo de moto próprio.
Mas este número também tem uma leitura negativa. É certo que representa um antagonismo genuíno, massivo, contra o AO90 — mas mostra também o que tem de pior o activismo “online”: como é possível que, por cada dez subscritores digitais, apenas um envie a sua assinatura em papel?
É facílimo — e cómodo — fazer um “click” numa qualquer petição “online”; já preencher um impresso à mão e enviá-lo pelo correio…
Será por isto? Foi ou é o seu caso? Ainda não subscreveu a ILC pela revogação da entrada em vigor do AO90?»
* A página referida no início deste “post” foi desactivada pelo Facebook assim que a aplicação “Causes” se autonomizou em plataforma própria.