A Faculdade de Letras da Universidade do Porto exige o AO90 nas teses e dissertações…
«Obrigatório o acordo ortográfico.»
Documento de Serviços de Gestão Académica
«A dissertação e o relatório de estágio terão ser redigidos de acordo com o novo acordo ortográfico.»
Documento: “Princípios Orientadores da Dissertação, Estágio e Relatório de Estágio (aplicável no ano letivo de 2014/2015)” do Mestrado em Sociologia na FLUP
—————————————-
Então… e os direitos de autor não contam para nada? Mas isso é só na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, só na Universidade do Porto ou só no Porto? Ou afinal uma tese de mestrado, segundo os serviços administrativos da UP, já não é um trabalho de autor?
Então… e os pareceres jurídicos da própria FLUP não contam para nada? Estão já “ultrapassados”, será? Afinal, em 2008 o autor de uma tese tinha todos os direitos (de autor) sobre o seu trabalho mas agora, à conta do AO90, já não tem direito algum?
Então… afinal uma Universidade avalia o quê numa tese de mestrado ou de doutoramento? O mérito académico do trabalho ou o facto (ou o “fato”?) de ele estar redigido segundo ditames ortográficos arbitrários e pontuais, consoante a Universidade em que determinada tese for apresentada?
Mas então… já se a tese for apresentada na Universidade de Lisboa, por exemplo, não existirá qualquer dúvida sobre a quem pertencem os direitos de autor da tese!
«Retenho todos os direitos de autor relativos à tese ou dissertação, e o direito de a usar em trabalhos futuros.»
Documento: Universidade de Lisboa, “Projecto de Minutas de Declaração para as Teses e Dissertações Digitais”
Ora então… no fim de contas, um mestrando (ou doutorando) não passa, na Universidade do Porto, de um funcionário do Estado, algo entre um simples escriturário e um digno, porém obediente, passivo, venerador, atento e obrigado amanuense?
4 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Revelador do estado a que chegou a Universidade em Portugal!!! E não têm vergonha?!
Nem vergonha nem tino!
é para separar o joio do trigo. manter o posto obriga estatutos totalitaristas. ainda bem que estes professores não dirigem o país.
deveriam dirigir um ‘trator’.
A estupidez agora é obrigatória!