Zé Diogo Quintela tem 34 anos. Juntamente com Tiago Dores, Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis forma o Gato Fedorento. Actualmente escreve no Público.
Sobre o “acordo ortográfico” (im)propriamente dito, escreve o seguinte:
«Apesar de tudo, incrivelmente, o AO tem os seus detractores. Ou, como os apoiantes do AO lhes chamam para os amesquinhar, “detratores”. Há muita gente que fala publicamente contra o AO. Numa atitude algo hipócrita, diga-se. Dizem-se contra o AO mas, aceitando o que o AO institui, passaram de espectadores para espetadores. Eram pessoas que assistiam à discussão sem interferir, agora espetam coisas no AO. E querem discutir melhor este acordo, numa espécie de debate colectivo. Não sei se não prefiro que o debate seja antes coletivo. Uma discussão onde só falam as pessoas que gostam de usar colete.»
[Excerto de crónica na revista Pública de 18.09.11.]
Zé Diogo Quintela subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela revogação da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
Nota: esta publicação foi autorizada pelo subscritor, que nos enviou, expressamente para o efeito, a respectiva súmula biográfica, a foto e a ligação para o vídeo no YouTube.
12 comentários
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Boa!
Perde-se a nossa identidade e não só!
O que só vem provar que é um tipo inteligente.
O Zé Diogo está no bom caminho de faCto. Aqui há tempos foram os amigos dos animais e vegetarianos; “também veio matar o bicho”, parafraseando Vasco Santana, mas mal, muito mal. Agora vem de(tractor) perorar a favor da aberração ortográfica. Numa coisa dou-lhe razão: os que usam colete são por norma espetadores que a nível de sensibilidade humana revelam um disfuncional crescimento zero.
m.a.g., não percebo o seu comentário. O título deste “post” é “Zé Diogo Quintela subscreveu a ILC”. O que o leva a pensar que o Zé Diogo vem perorar a favor do AO?
Nem se quer olhei para o título. Li o texto enviesadamente, e no final da amálgama, bastou-me isto: “Eram pessoas que assistiam à discussão sem interferir, agora espetam coisas no AO. E querem discutir melhor este acordo, numa espécie de debate colectivo. Não sei se não prefiro que o debate seja antes coletivo. Uma discussão onde só falam as pessoas que gostam de usar colete.»
Como NÃO tenho o MEO…..tenho perdido os bons momentos de risota que vocês me proporcionam!!!!! E neste você imita “penso”….aquele…(branca) não me lembro do nome, que foi casado com aquela que viveu com o ….preto do football |!!!!! Ah! conheço muito bem a Luisa Melo e Faro (Ericeira)!!!!! E no acordo Tortográfico não alinho……
Já deixei….comeram-no??????
A língua Portuguêsa é algo vivo. Algo muito próprio que só nós usamos.
Vejam o Português do Brasil, não é igual ao nosso, muito menos os dos PALOP.
Faz parte do ser Português.
Quando vamos ao Brasil ou a África, ou nos adaptamos, ou não nos entendem.
Porque razão temos que mudar a nossa forma de falar, para que quem cá vem, sem esforço nos entenda?
Temos termos gentios, muitos nossos, calões, pronuncias, frases idiomáticas.
Para mim continua a ser bichinha pirilau e não filinha pirilau, só porque em alguma parte do mundo, bicha, é mais do que um mero animal no feminino.
Conheço um cem numero de pessoas que sempre usaram o faCto, pronunciado, em vez do fato vestido, entre outra tantas palavras.
Lá porque a moda está a tentar transformar o “para o” em “pró”, não quer dizer que aceitemos o AO de mão beijada.
A língua Portuguêsa, muda com a idade e não com decretos.
Só para esclarecer. De facto continua a escrever-se DE FACTO. ok? 🙂
Tentam adoçar os portugueses através da lingua.
Dizem que os estrangeiros que aprendem o português deixam de ter dificuldades nessa aprendizagem.
Deve ser por andar sempre ao sabor dos interesses alheios que em Portugal quem mais erros dá na escrita são os próprios.
O seu primeiro comentário foi publicado. Esta é uma resposta ao dito comentário. Evidentemente, as cópias subsequentes foram apagadas porque eram repetições sucessivas do mesmo. Não se precipite. A tecla F5 (“refresh”) serve precisamente para casos destes.