À semelhança daquilo que fez há dias Henrique Neto, também António Sampaio da Nóvoa, igualmente candidato às próximas eleições presidenciais, vem a público manifestar a sua posição em relação ao “acordo ortográfico” de 1990.
Admitindo que se trata de “um problema complicado”, por causa dos acordos internacionais, mas defende que o AO deve ser reavaliado com muita determinação. “Na qualidade de candidato presidencial digo que esta questão tem de ser recolocada em cima da mesa dos debates com enorme cuidado, esperando que se consiga fazer uma avaliação do que aconteceu até agora e consigamos repor em novos moldes algumas orientações sobre esta matéria. É um problema que, na minha condição de Presidente da República, espero ajudar a resolver. O que está a acontecer não é bom para nada, inclusive para o fortalecimento dos laços entre os povos”, justificou, Nóvoa, já depois de lembrar que na qualidade de reitor e de professor é contra o AO.
(…)
[Transcrição parcial de notícia publicada no “Jornal de Notícias” online de 25.05.15. Texto corrigido automaticamente para Português Europeu.]
5 comentários
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Óptimo, agora só falta convencer o candidato da Direita, talvez venha a ser o Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa já se manifestou a favor do AO. Por isso, eu já tinha decidido não votar nele.
Se necessário, Matraca Rebelo de Sousa é capaz dos mais espantosos golpes de rins… incluindo o de voltar atrás nesta questão. É um verdadeiro artista e fala, fala, fala…
Com ‘banha da cobra’ também não resolvemos nada! O AO90 tem de ser tema obrigatoriamente, claramente e publicamente presente ‘em todas as eleições’, a começar ‘já’ nas próximas legislativas!
Sabemos quem nos meteu nisto, não esquecemos, e até agora todos esses responsáveis que estão no poder ou na oposição ainda não se interrogaram sequer sobre o erro historicamente imperdoável que cometeram! Pior, a corrente a favor da ‘surda, cega e ditatorial imposição’ do AO90 mantém-se no poder e na oposição, basta ver como uns e outros andam a escrever! E como enchem a boca com a ‘importância internacional’ do português (desde que se aplique o AO90!…) e o seu ‘valor económico’.
A posição dos candidatos às presidenciais é extremamente importante, primeiro, porque precisamos de um Presidente da República que nos honre, saiba o que significa o português para todos nós e respeite a Constituição. E também porque tem o mérito de trazer o assunto para a comunicação social, no geral tão alheada, como se o português em que se exprime e se afirma fosse algo insignificante.
Mas é URGENTE pôr termo a esta aventura bacoca, saloia e criminosa em que irresponsavelmente nos lançaram aqueles a quem, pelo nosso voto, democraticamente confiámos a gestão e a defesa dos nossos destinos e de Portugal.
Quanto à questão dos ‘acordos internacionais’: os acordos desonrosos, desonestos, nocivos e feitos indevida e atabalhoadamente nas costas do povo português não podem simplesmente ser invocados nem respeitados!
Acabo de ouvir o Professor Sampaio da Nóvoa em “Política Mesmo”.
Já é estimulante a sua intenção de colocar a fracturação da Língua Portuguesa no centro das suas intenções. Vamos ver! Mas…Uma vez que ele entende que nada volta atrás, não sei como é que se resolve a tragédia em três actos de: acentos, hífens e consoantes. O meu voto esperará!
Agradeço ao JPG o precioso dicionário que tem vindo a publicar sobre a recriação de um vocabulário que não se pode reconhecer como sério.
Seria justo que os cérebros que venderam os neurónios, nas assinaturas de tal obra, recebessem, apenas, como alimento matinal, o rol das palavras novas que dos seus ventres nasceram.
Cumprimentos.