«Câmara da Covilhã não adopta Novo Acordo Ortográfico»

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15 Junho, 2012

Nos termos do Aviso n.º 255/2010, de 13 de Setembro, publicado no Diário da República, 1ª série, de 17 de Setembro de 2010, o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa já se encontra em vigor na ordem jurídica desde 13 de Maio de 2009.

Contudo, a Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008, de 29 de Julho, que aprovou o Acordo Ortográfico, prevê um prazo transitório de seis anos para a implementação da nova grafia, ou seja, decorre até 2015 um período de transição durante o qual ainda se pode utilizar a grafia actual.

Entretanto, largos sectores da sociedade portuguesa têm vindo a questionar o método e a substância deste Acordo, na vertente da sua relação com a realidade ortográfica presente e com a falta de consenso nacional sobre esta matéria, constatando-se deste modo, uma falta de unidade na expressão estética em língua portuguesa que, no caso em apreço, é portador de um correlativo desprestígio institucional.

Nestes termos, por despacho de hoje, 15 de Junho, o Presidente da Câmara da Covilhã determinou que em toda a correspondência oficial da Autarquia e das entidades agregadas, não seja adoptado o novo Acordo Ortográfico, nos termos do período transitório estabelecido, reponderando-se esta determinação no final daquele período, isto é, em 2015.

[Transcrição de entrada, com data de 15.06.12, do “site” da Câmara Municipal da Covilhã.]

[“Links” adicionados por nós.]

Inspector Jaap on 15 Junho, 2012 at 20:49
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Lentamente, muito lentamente, a população começa a tomar consciência da traição que lhe foi feita nas costas por esse vermes mais ou menos amacacados autores do maior atentado à alma lusa de que me consigo lembrar.
Cumpts

HC on 15 Junho, 2012 at 21:11
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Muitos, muitos parabéns à Câmara da Covilhã por esta decisão sensata, lúcida e que ouve a sociedade civil. O que falta para que muitas outras façam o mesmo?

Bic Laranja on 15 Junho, 2012 at 21:14
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Nem precisava dizer-se nada assim, de tão óbvio e sensato. Mas, como a «res publica» vai, ainda bem que o é. Há bom senso. Congratulemo-nos!

Luís Ferreira on 15 Junho, 2012 at 22:02
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Agora só nos faltava que a população da Covilhã assinasse a ILC.
Como é que se pode “falar” à população para que ela assine?
Algum jornal da região, uma estação de rádio?

Jorge Castro on 15 Junho, 2012 at 22:45
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Parabéns á Câmara da Covilhã! É de aplaudir e divulgar.

É preciso persistir e não desistir de lutar contra esta aberração ortográfica que nos querem impor com uma pressa furiosa. É um trabalho lento, falar com as pessoas que muitas vezes pensam que têm de escrever com o AO90 “porque lá tem que ser”, e a cultura do medo… e por aí fora. Falar, esclarecer, desafiar para uma acção cívica firme, activa e consciente. Salientar o valor da nossa língua enquanto parte integrante da nossa identidade.

Continuar a desmascarar esta farsa e os analfabetos oportunistas que a querem impôr.

Desobedecer e boicotar este acordo é um dever!

claro, e continuar a recolher assinaturas

António de Macedo on 16 Junho, 2012 at 12:54
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Confesso que ultimamente tenho andado um tanto desmoralizado com a pastosa apatia, senão mesmo indiferença, com que vejo grande parte da sociedade civil “engolir” o AO90, mas são estas atitudes límpidas e frontais que enobrecem a alma de um povo – um povo que já foi de heróis e que corre o risco de se deixar abater no marasmo.
Bem haja a Câmara da Covilhã, bem hajam os estudantes do IST e outros, bem haja o CCB e os vários órgãos de comunicação social que se mantêm firmes…
Quando é que outras associações de estudantes, outros “media” e outras instituições decidem empunhar o estandarte da revolta e afirmar a legítima diferença portuguesa face aos restantes países da CPLP – que também têm toda a legitimidade de manter a sua própria diferença, pois ser diferente, por razões de evolução histórica natural, não é vergonha nenhuma!

Maria Filomena Molder on 19 Junho, 2012 at 20:20
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Bem-haja a Câmara da Covihã! Se a apatia se faz sentir, esta decisão mostra que também há capacidade de resistência, coragem e claridade de espírito, a juntar a outras tomadas de posição públicas e aos esforços de muitas portuguesas e muitos portugueses, que dia após dia tentam impedir que a confusão ortográfica criada por este falso e falseador acordo se converta numa ameaça caótica para a escrita da língua portuguesa em Portugal. Os nossos filhos e os nossos netos não merecem sujeitar-se a este acto político irresponsável, insensato e leviano. Por favor passem a palavra e assinem a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, e que outras Câmaras sigam este exemplo!

Raul Mesquita on 29 Junho, 2012 at 1:27
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Creio que a oposição ao famigerado e ilegal Acordo tem de ir bem mais alé de 2015.
Deve ser recordado e dado conhecimento geral do facto que o Acordo não foi aprovado por todos os países da Lussofonia (Angola rejeita e Moçambique até há pouco, pelos menos também) dado que não se pode falar de acordo quando esse acordo não existe. Assim sendo, o AO90 é ilegal e apenas a subserviência e servilismo de uns quantos apoiantes da maior traição feito aos Portugueses, faz que vejamos uma escrita que não conheço. (Nem falo do oral…).
Por mim, desculpem, mas não lhe chamo acordo, antes aborto. Aborto Ortográfico. Que me recuso a usar e a ensinar,
Se todos os municípios fizerem como o Presidente da Câmara da Covilhã, se todos os responsáveis de organsmos ou empresas públicas e privadas, professorado e outros fizerem o mesmo e reposerem a grafia portuguesa nos seus computadores, o AO90 ficará apenas—não para os brasileiros que também não o querem — mas apenas para os editores brasileiros e os facínoras que com eles concubinaram este absurdo.
Que devem ser identificados e apupados em praça pública.
Já chega de “MIguéis de Vasconcelos”.
RM
28/06/12
Laval, Canadá

Raul Mesquita on 29 Junho, 2012 at 1:31
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Noto alguns erros no meu texto anterior (erreus de frappe)
Está alé e devia ser além; idem para Lussofonia e deve ler-se Lusofonia; feito e deve ser feita (traição feita).
Sei que compreenderem e quis fazer notar apresentando as minhas desculpas.
Grato,

Isaltino Morais: o -ente não é a -ência – Aventar on 11 Maio, 2013 at 0:17
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[…] tudo aponta para um grave problema concelhio. Felizmente, tanto quanto sei, há duas câmaras (Covilhã e Caldas da Rainha) que encontraram a solução para este […]

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