ENCONTRO DO COMITÉ DE TRADUÇÃO E DIREITOS LINGUÍSTICOS do PEN INTERNACIONAL
em Barcelona, de 4 a 6 de Junho de 2012Delegados dos Centros PEN de vários pontos do mundo reuniram-se na sessão de trabalho anual deste Comité que se tem vindo a afirmar como uma referência internacional na defesa dos direitos linguísticos.
Em vários blocos temáticos, foram abordadas questões linguísticas de identidade e património, relacionadas com macro e microculturas, problemas de tradução e a sua relação com os mercados editoriais. O respeito pela diversidade cultural e a luta pela preservação de línguas em extinção estiveram presentes como preocupações cimeiras. Uma língua representa um olhar sobre o mundo. Uma língua que se extingue, é um olhar que se perde, disse John Raulton Saul, Presidente do PEN Internacional.
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O PEN Clube Português mereceu a atenção especial nos trabalhos deste Comité. Foi distribuída aos presentes a tomada de posição sobre o Acordo Ortográfico(AO), resultante do inquérito aos sócios, durante o mês de Maio. Seguiu-se um amplo e vivo debate, com inúmeros pedidos de esclarecimento e comparações oportunas com experiências de desrespeito e graves infracções aos direitos linguísticos, ocorridos noutros lugares e noutros contextos históricos.
Após tomarem conhecimento da dimensão altamente problemática que o AO de 1990 representa, os delegados do Comité de Tradução e Direitos Linguísticos (T&LRC) presentes manifestaram a sua preocupação e o seu incondicional apoio à sua remoção do ordenamento jurídico português.
O debate foi encerrado com a leitura de um texto do Presidente do Pen Internacional John Raulston Saul. O assunto continuará a ser debatido devido à reconhecida importância desta questão. Em breve, daremos mais notícias.
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Lisboa, 9 de Junho de 2012Maria do Sameiro Barroso (Vice-Presidente do PEN Clube Português e Delegada ao Encontro)
[Extractos do comunicado publicado pelo PEN Clube Português em 9 de Junho de 2012. Destaques e “links” inseridos por nós.]
2 comentários
Falta o b em breve.
É muito bem-vindo o PEN clube à luta pela erradicação do AO90. Gostaria que concretizassem essas preocupações na vida pública em vez de, como a maior parte das pessoas, fazerem “abstenções violentas”.