José Mendes Bota, 55 anos, natural de Loulé. É conhecido principalmente pela sua actividade política, nomeadamente como deputado da Assembleia da República e do Parlamento Europeu, Presidente da Câmara de Loulé e dirigente partidário, mas também como autor nas áreas do ensaio político, da crónica e da poesia, tudo isto para além de estar envolvido em inúmeras outras actividades e cargos em organizações desportivas, autárquicas, culturais e artísticas.
No que diz respeito ao “acordo ortográfico”, o rodapé que utiliza em todas as mensagens de email ilustra bem – e sem deixar margem para quaisquer dúvidas – qual é a sua posição: «O deputado Mendes Bota não se submete ao Acordo Ortográfico. Só por descuido!»
JOSÉ MENDES BOTA
PERCURSO DE VIDA – versão resumidaNasceu a 4 de Agosto de 1955, em Loulé (Algarve).
Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (1978). Programa Avançado de Gestão, pela Escola de Pós-Graduação em Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica (1995). Curso de Crédito à Habitação, pelo Instituto Superior de Gestão Bancária (1999). Curso de Mediação Imobiliária, pelo Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins (2004). Frequência do Curso de Direito, na Universidade Católica de Lisboa (desde 2008)
Administrador, Director Coordenador e Consultor de grandes empresas nos sectores do turismo, imobiliário, financeiro e transportes, durante um total de treze anos. Foi sócio-gerente de várias PME’s nos sectores do comércio de vestuário, construção, automóveis, consultadoria, promoção e mediação imobiliária.
Deputado Europeu durante seis anos e meio. Deputado à Assembleia da República durante catorze anos, em sete legislaturas diferentes, tendo sido cabeça-de-lista do PSD nos círculos eleitorais de Faro e Beja, e estando actualmente em funções, sendo o decano dos parlamentares algarvios.
Foi presidente da Sub-Comissão Parlamentar de Turismo (2005-2009). Coordenador da Campanha Contra a Violência Doméstica da Assembleia da República, entre 2006 e 2008. É presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal/Polónia.
Deputado à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, durante oito anos, onde é presentemente Presidente da Comissão para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens. Deputado à Assembleia Inter-parlamentar da União da Europa Ocidental, durante oito anos. Vice-Presidente da Assembleia Paritária ACP/CEE, durante dois anos e meio.
Presidente da Câmara, Vice-Presidente da Câmara, Vereador e Presidente da Assembleia Municipal no Município de Loulé, durante catorze anos e meio, no somatório dos diferentes cargos.
Vice-Presidente do PSD, Vogal da Comissão Política Nacional do PSD e membro do Conselho Nacional do PSD durante vinte e um anos, no somatório dos diferentes cargos. Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD durante três anos.
Presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Algarve durante catorze anos (eleito oito vezes), e Presidente da Assembleia Distrital do PSD/Algarve durante quatro anos.
É presidente do Movimento Cívico “Regiões, Sim!, de que foi fundador em 2007, sendo um convicto defensor da Regionalização.
Tem 15 livros publicados.
Actualização de 04/04/2011
Subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela revogação da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
Nota: esta publicação foi autorizada pelo subscritor, que nos enviou a biografia aqui reproduzida.
A foto é do jornal Algarve Press.
1 comentário
Felizmente ainda há políticos – independentemente das suas opções partidárias – que desassombradamente e com independência entendem dever publicamente recusar este Acordo vergonhoso. A defesa da dignidade da nossa língua é uma questão nacional, que nos deveria mobilizar a todos. A língua de um povo não pode ser usada como moeda de troca em negócios de ordem política, económica ou outra qualquer. E não vejo que prestígio nos possa vir de desfigurarmos a nossa ortografia e a prazo a própria língua, para nos submetermos a um capricho de puro “nacionalismo linguístico” por parte do Brasil, criando assim as condições necessárias para que seja o português brasileiro a impor-se no mundo!
Vamos ter de novo eleições. E os políticos desta vez não vão poder silenciar este assunto! O debate público, aberto e sério tem de acontecer! É preciso acabar com esta prepotência do “facto consumado”, que alguns media, editoras e outros, com destaque para a RTP e a Lusa, nos têm vindo a impor. Devemos exigir que os políticos se definam e claramente assumam o que pensam e aquilo que se comprometem a fazer. Deixo à Sophia a última palavra:
“Diz o provérbio do Malinké:
«Um homem pode enganar-se em sua parte de alimento
Mas não pode
Enganar-se na sua parte de palavra»
Sophia de Mello Breyner Andresen
(A Palavra, Obra Poética III, O Nome das Coisas, Ed. Caminho, pág. 210)