No 1º aniversário da ILC [MJA]

O património linguístico

A un populo

mittitilu a catina

spugghiatillu

attupatici a vucca,

é ancora libiru

Livatici u travagghiu

u passaportu

a tavula unni mancia

u lettu unni dormi

é ancora riccu.

Un populu,

diventa poviru e servu,

quannu ci arrobbanu a língua

addudata di patri:

é persu pi sempri.

Ignazio Buttitta, «Lingua e

Dialetu» (poeta siciliano nascido

Em 1899)

[A um povo

acorrentai-o

despojai-o

tapai-lhe a boca,

continua livre.

Tirai-lhe o trabalho

o passaporte

a mesa onde come

a cama onde dorme

continua rico.

Um povo

fica pobre e escravo,

quando lhe roubam a língua

legada pelos pais:

fica perdido para sempre.]

[Enchaînez

un peuple,

dépouillez-le,

muselez-le,

il est encore libre.

Privez ces hommes de leur travail,

prenez leur passeport,

enlevez-leur la table où ils mangent,

le lit où ils dorment,

ils sont encore riches.

Un peuple

devient pauvre et esclave

quand on lui vole la langue

léguée par ses ancêtres :

il est perdu à jamais.]

(in «Notre diversité créatrice», Rapport de la Commission Mondiale de la Culture et du Développement – UNESCO, 1996. N.B. : a versão em português é minha, MJA)

De Maria José Abranches, recebido por email.

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2 comentários

  1. Não por acaso, decerto, os que nos roubam a Língua são os mesmos que nos roubam o trabalho, a mesa, o passaporte…

  2. Esmagadoras verdades… Tão limpas que doem.

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