«A choldra ortográfica» [por João Roque Dias]

Um trabalho de João Roque Dias.

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6 comentários

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    • J.Gervasio on 29 Agosto, 2012 at 17:59
    • Responder

    Pois parabéns ao professor João Roque Dias por esta tão exaustiva e certamente trabalhosa pesquisa.
    Só espero que este documento não venha a ser um instrumento útil na mão de acordeses que lhes permita ir pôr em (des)ordem uma por uma destas barbaridades à custa do trabalho e do esforço de quem estima a ortografia correcta do nosso português.

    O meu maior desgosto é que, pelo segundo ano consecutivo, os meus netos vão escrever acordês. Um deles já nem conhece outra coisa, começou a aprender assim.
    Só me apetece gritar “Oh da guarda”, e bem algo. Mas parece que na PSP também já se escreve assim, ninguém liga, ninguém quer saber, está tudo indiferente e até há quem goste porque poupa nos dedos e na uso da cabecinha, se é que a tem.

    • António Dias on 30 Agosto, 2012 at 22:59
    • Responder

    Muito obrigado por esta demonstração cabal da catástrofe que representa este aborto ortográfico para a Língua Portuguesa.

    Sem mais, qualquer português com uma minímo de bom senso só poderá exigir a revogação imediata desta mixórdia do AO90.

    Os seus promotores querem destruir a norma padrão do Português Europeu, substituindo-a por uma norma incongruente, sem racionalidade nem coerência interna, arbitrária e, não é de mais dizê-lo, profundamente estúpida.

    O resultado é que ninguém sabe aquilo que escreve. Reina a ignorância, a estupidez e o caos.

    Tenho continuado a recolher assinaturas para a ILC e irei continuar a fazê-lo. Já não saio de casa sem levar alguns impressos comigo. Também deixo ficar folhetos e impresso em locais públicos para divulgar a iniciativa.

    Como português, e alguém que ama a sua língua sinto uma profunda tristeza, uma raiva surda, com tudo o que está a acontecer. parece-me que entrámos numa era de negrume civilizacional, da qual é apanágio destruir de forma selvática tudo que possa ser a identidade e as raízes da nossa língua e cultura. Um pseudo-modernismo, ignorante, pedante e furioso quer construir uma distopia linguística, usurpando a marca etimológica e identitária da nossa língua e do nosso pensamento.

    Expresso-lhe a minha gratidão por me fazer continuar a acreditar mais nos portugueses que lutam contra esta barbárie, pela excelência do seu trabalho e pelo sentido de humor (que não deixa de ser uma das melhores formas de desmascarar esta farsa).

    Cumprimentos

    • Maria Miguel on 31 Agosto, 2012 at 22:10
    • Responder

    Triste é confirmarmos a actualidade das vaidades estúpidas retratadas pelo Grande Eça de Queiroz.
    Felicito o Professor João R. Dias.

    Cada vez mais eu desejo a proliferação do caos. Quanto mais incoerências mais provas de que não há base que sustente a tonteira. Já nos bastaria inventarmos sotaques, trocarmos “ss” substituir o Português por vocábulos estrangeiros, desde nomes de firmas a outras barbaridades, só com a mania do ser “chique a valer”. Quer dizer: do ser ignorante a valer!

    Estou a pensar que: manter a insegurança ortográfica poderá ser uma forma de reagir contra a imposição do excremento, como diria Eça. É um trunfo para nós que estamos aqui. Atentos!
    Que grasnem as gralhas, e tão alto, que seja forçoso encerrar o projecto do aborto aqui e no Brasil. Mau será quando não houver nenhum erro.

    Perguntou-me aonde andarão os portugueses que pertencem a grupos influentes, bem falantes e sábios, que guardam as tradições, que sabem Grego e Latim, que conseguem fazer germinar, em todas as esferas, tudo o que querem e num ápice!… Aonde estarão eles? É que… são tantos, em número, que as suas assinaturas entupiriam a AR.
    Que o meu desabafo seja entendido. Quero Portugal entupido com o desarranjo ortográfico.
    E acreditemos que o desleixo na escrita tenha uma base de protesto.
    E, por outro lado, peguemos em cada caso para justificar que o Português não tem sido ensinado. De contrário, saber-se-ia identificar a fraude.

    Sinto-me mal quando ouço o Espanhol, o Francês e o Inglês a pronunciarem o “c”. Sinto-me de luto. Houve eutanásia de elementos familiares, na ausência da família principal: utentes da LÍNGUA MATERNA!… Crime!!!! Repetimos nós!!!!

    Cumprimentos

    • Gonçalo Pinto on 31 Agosto, 2012 at 23:30
    • Responder

    Um muito obrigado ao Professor João Roque Dias e um pedido a alguém que tenha contactos junto dos media para colocar esta sucinta e, no entanto, completa apresentação de diapositivos como parte dos temas centrais da actualidade.

    • J.Gervario on 2 Setembro, 2012 at 15:53
    • Responder

    D.Maria Miguel, estou de acordo com a Srª em tudo, e acho que tem toda a razão: por esta altura, já só é possível voltar atrás mostrando o caos e a miséria em que caímos.

    Mas quero pedir-lhe para não dar o espanhol como exemplo porque o espanhol é uma espécie de acordês só que muito mais antigo que o nosso: eles só escrevem as consoantes quando as pronunciam, tipo acordês. Repare que eles dizem e escrevem “constructor”, mas dizem e escrevem “objeto”, assim, também sem o ‘c’, porque não o lêem, “a la acordesa”

    Temos todos a obridação de evidenciar que a nossa ortografia deixou de ser equiparável ao inglês e ao francês, isso sim.

    • Maria Miguel on 2 Setembro, 2012 at 23:31
    • Responder

    Agradeço-lhe a informação, meu caro.
    Que bom! Aprendi mais um aspecto importante!

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