«Contrariamente ao muito que se diz por aí, as alterações que vão ser introduzidas são muito poucas e julgo que basta uma meia hora para os professores aprenderem as novas regras. E depois é aplicá-las.»
Paulo Feytor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português (APP), 2 de Setembro de 2009, “Diário Digital”.
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4 comentários
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… “julgo que basta uma meia hora”… O mesmo tempo, portanto, de um frango no churrasco, ou de uma caldeirada em lume brando. Deve ser por isso que hoje, passadas não sei quantas luas desde o início da sua ‘aplicação’, professores, jornalistas e até escritores hesitam quando têm de escrever qualquer coisa segundo as novas regras. Isto para não falar dos textos ‘híbridos’ que se tornaram uma constante em numerosas publicações.
Que o sr. Feytor esteja feito com os corruptores da língua, isso é problema seu, mas, por favor, deixe-se de tretas paternalistas! Quem resiste, agradece.
Bem menos de meia hora levaria o sr. professor Feytor Pinto a pintar a sua língua de amarelo e de seguida tratar de a limpar à parede!
A 9 de Junho de 2008, incomodada com o silêncio da APP acerca do AO90, entretanto ressuscitado pela Resolução n.º 35/2008 da Assembleia da República, enviei-lhes uma mensagem por correio electrónico, dando-lhes conta da minha inquietação, como cidadã e professora de Português, acompanhada de um pequeno estudo que redigira sobre esta questão.
Da curta resposta da APP, datada de 18 de Junho de 2008, destaco o seguinte:
«… informamos que a Direcção não tomou publicamente uma posição sobre a matéria por se verificar um empate técnico entre os que são violentamente contra e os que são veementemente a favor.»
Respondi a 26 de Junho, insistindo na responsabilidade da APP, que deveria sobretudo promover a informação e o debate sobre o AO90. Escusado será dizer que não obtive mais nenhuma resposta.
Fica a pergunta: como explicar que a APP, com a responsabilidade pública que lhe cabe no ensino da língua de Portugal, designadamente perante os professores, tenha abraçado e promovido entusiasticamente o AO90, evitando toda e qualquer discussão, numa subserviência acrítica face ao poder político e – talvez – aos interesses das editoras?!…
Empate técnico? TÉCNICO?!!…
Fizeram uma sondagem? Trabalharam numa projecção, fizeram um estudo, uma pesquisa da coisa pelo cheiro, que desse azo a margens de erro…?!
Grandes bestas! O Português é-lhes um empecilho. Não admira o desempate técnico a favor do português de estúpidos.
Cumpts