JP e os amigos, todos grandes entusiastas por futebol, continuam com o grande sonho de formar um clube. Mas a Bola-F, Brigada Operacional de Luta AntiFutebol, mantém-se firme na sua intenção de lhes estragar os planos. Para além de terem de enfrentar esta oposição constante ainda se debatem com outras dificuldades nos seus jogos, como por exemplo não terem balizas a sério. E quem será o espetador misterioso que lhes vem interromper as melhores jogadas, os fantásticos passes e os golos mais incríveis? Terá ele alguma relação com as balizas que o clube quer construir? JP e os amigos terão de ultrapassar muitos obstáculos se quiserem realmente alcançar o seu objetivo. Depois de A Ameaça da Bola-F, não percas o segundo volume da coleção Objetivo Golo.
Imagem: capa do livro no “portal” da FNAC.
Transcrição: sinopse do livro no “portal” da FNAC.
Conhecimento do assunto através de “post” publicado por “Firefox Contra o Acordo Ortográfico” na rede social Facebook.
Ver outros exemplos da “maravilhosa língua unificada” AQUI.
9 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Perante a triste realidade que é a aplicação acéfala do AO, também eu gostaria de ser espetador. Para espetar um par de pregos na cabeça dos deputados que votaram a favor deste aborto!
Simplesmente repugnante! Todos analfabetos ‘simplificados’: é o grande desígnio nacional! Grande país europeu e grande democracia!
É fartar, vilanagem, enquanto houver portugueses vocacionados para a cultura do analfabetismo! “LER + Plano nacional de leitura”! E há pais que compram isto para os seus filhos! E professores que aconselham isto aos seus alunos!
Mete nojo!
É triste ver como a pouco e pouco os algozes da nossa língua injectam o seu veneno nas novas gerações. Como galego assisto impotente e indignado a este espectâculo infame de vandalizaçom e conspurcaçom do nosso acervo lingüístico e cultural. Poupo os adjectivos que me merecem aqueles que tenhem impulsado este crime e os seus cúmplices (activos ou passivos) para evitar ter de escrever palavrões.
Mas será que esta gente não tem mesmo a mais básica noção do ridículo?
Caro @Octávio dos Santos, para uma pergunta simples uma resposta singela: não.
Começo por dizer que estou TOTALMENTE em desacordo com o “suposto” acordo.
Na sidebar (barra lateral) do meu blogue coloquei, há muito tempo, dois icons de “Não ao acordo ortográfico”.
Até hoje não consegui entender esta atitude nossa (não minha…) de subserviência relativamente ao Brasil e Angola – refiro apenas estes dois por saber que estes países ainda não puseram o acordo em vigor, e nem sei se algum dia o farão.
Permitam-me chamar a atenção da comentadora acima, Maria José Abranches, quando diz “E professores que aconselham isto aos seus alunos!”
Sou forçada a discordar desta opinião. Tenho uma filha professora e sei, de fonte limpa, que a maioria dos professores discorda do acordo, mas é “obrigada” a segui-lo para cumprir ordens superiores, emanadas do Ministério. É tão simples como isso!
Bom dia.
Bom dia.
Cara Mariazita Azevedo do comentário acima: a Maria José Abranches FOI PROFESSORA a maior parte de sua vida e sabe sobejamente o que se passa nas escolas mas, se me permite a conclusão (e que a Maria José me desculpe o facto de com ela me irmanar “nisto”, mas sei que pensamos de igual forma), aquela ex-professora e eu, que ainda o sou (há quase 24 anos) não usamos o acordo. Os meus alunos são inteligentes e compreenderam as minhas razões. Como ainda estamos na chamada “fase de transição”, posso escrever como o ser racional que sou. De resto, a maioria dos meus digníssimos colegas, “pilares da sociedade da bufaria” são uns vermes que, à mínima oportunidade, me apunhalarão pelas costas, levando-me perante um “chefe” que é, também ele, um imbecil, para ser lançada na fogueira da vergonha, ser a única da casa que (ainda) dá erros… Eu, que nunca dei erros. Gostava que visse o ar escandalizado da minha colega professora-bibliotecária quando lhe disse, há dias, que fosse ver os meus sumários nos Livros de Ponto, quando lhe disse que não rastejava, quando lhe fiz ver que tinha vergonha de pertencer a esta choldra. Minha cara, NÓS SABEMOS MUITO BEM de que massa é feito o lusitaninho. Vemos muito crescer com antolhos, ávidos de matérias mortas copiadas no caderno e, “ipsis verbis”, vomitadas nos testes “de avaliação”, criaturas que odeiam pensar, que odeiam o mínimo sinal que seja de inteligência. É muito triste ter mais do que dois neurónios no meio desta escumalha toda e digo-o, apesar de gostar de crianças, mas sabendo como são instrumentalizadas, cerebralmente manietadas de todos os lados, apoucadas, cedo lhes sendo retirado o chamado “espírito crítico” que aparece pomposamente espelhado em todas as “leis de Bases” do chamado sistema educativo. Só aguardo o meu Pogrom. Sei que está para breve. Sobrevivo a custo, porque gosto de ensinar. Sou roubada todos os meses, sou acusada por funcionários porque não lhes entreguei as minhas cópias “com 48 horas de antecedência” e eles, como sabemos, têm horas de saída. Eu não, que fiz esta pausa mas tenho toneladas de papéis para corrigir: trabalhos copiados da Wikipédia, textos num asqueroso “Português do Brasil”… Ele é o “janela de oportunidade” (window of oportunity), ele é o “numa base diária” (on a daily basis”) que os brazucas copiam dos camones e os nossos políticos de trazer por casa regurgitam como nódoas que são… Nem lhe digo, nem lhe conto…
Mas, como sei que tem uma filha que também é professora, Marizita Azevedo, imagino que saiba o que é ser roubada todos os dias, o que é levar na pinha porque se desrespeitou os direitos daqueles que realmente mandam nas escolas, os funcionários, dizendo-lhes que há muita gente no desemprego que mataria por aquele trabalho, deve saber ainda que é uma das profissões mais expostas, porque qualquer dona de empresa ou de casa ou de BMW mais frustrada veste a sua melhor farpela, arrasta até lá o seu Channel 5 ou o seu Shakira que a tira do papel de mãe e a põe no papel do que realmente é aos olhos do mundo – os professores é que estão lá para lhe educar o rebento que ela pôs no mundo – e vai de acusar como somos subversivos, perigosos, más influências para os meninos, porque oh! PENSAMOS e temos a lata de os ensinar a fazer o mesmo. Ah, Mariazita, se a senhora pudesse assistir a tudo isto…
Bom fim-de-semana a quem se lembre do que isso é.
Não posso deixar de exprimir a minha estima e consideração pela colega Maria Oliveira: imagino como é difícil ousar pensar pela própria cabeça, quando tantos se instalam confortavelmente na submissão acrítica. Mas não desanime: há mais professores a recusar esta ignomínia! Continue corajosa e não perca a calma necessária!
E não esqueçamos que, não há assim tantos anos, houve quem resistisse à ditadura, à PIDE, à guerra colonial, à censura… Não nos podemos calar! Afinal, não estamos a celebrar os 40 anos do 25 de Abril e da Democracia? Foi tudo em vão?!
Eu não percebo é por que razão a Associação de Professores de Português (APP), os sindicatos dos professores e as associações de pais e encarregados de educação se deixaram “encantar” pelo AO90, tendo-se disposto a colaborar com o poder político, no roubo vergonhoso que este acordo representa para a língua e para o futuro de Portugal e dos portugueses!
Resta-me dizer que, logo em Junho de 2008 escrevi à APP e depois ao sindicato a que estava vinculada (FENPROF), insistindo na necessidade de se debater este assunto nas escolas… Sem resultado, porque por aquelas bandas, inexplicável mas visivelmente, “outro valor mais alto se alevanta”…
Bem-haja, Maria José Abranches, pela coragem que tem tido na luta contra o AO! Acompanho este site quase desde o seu primeiro dia e há nomes que registo como sendo os de gente vertical, idónea, cidadãos de facto e de direito. Agradeço também as palavras de apreço. Temos de ser cada vez mais e com coragem pelo triplo. De facto, é como diz: se Abril tem de viver, que seja agora! Todos os dias penso nas palavras de Sophia “”Esta era a manhã que eu esperava”… Este é o meu sonho de uma vida, mesmo que me tirem tudo: acordar uma dia num país que não sinta ocupado. Saber que o que sai do pensamento e flui para a mão que escreve não seja a contradição, a sensação de trair o que está certo, pensar com os trejeitos da pronúncia de um país crioulo para escrever a minha Língua-pátria. Se pudesse pedir algo, seria feliz com isto, porque não há nada mais difícil de aceitar do que uma injustiça!