E, então, é isto. Poucas palavras porque muitas podem cansar.
Três obras para o teatro que tinha para edição com a Imprensa Nacional [em espera há dois anos e em parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores] e vai a Imprensa do Estado e impede a publicação da ficção teatral porque não escrevo segundo o novo acordo ortográfico.
Dito de outro modo: a Imprensa Nacional publicaria os textos se eu escrevesse segundo o novo acordo ortográfico, ou autorizasse a formatação das obras ao novo regime.
Poucas palavras, pois.
[Transcrição de “post” (público) de Abel Neves no Facebook em 21.01.14. “Links” inseridos por nós.]
4 comentários
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Vergonhoso. Fascismo ortográfico mascarado.
E ainda a procissão vai no adro. Com o tempo esta verdadeira forma de censura há-de estender-se a tudo e a todos. Veja-se o caso da Reitoria da Universidade do Algarve, que proibe (e portanto desclassifica) tudo o que aparece em português correcto, aceitando alarvemente o português de favela que resulta do AO.
Ainda me lembro do argumento “ninguém será penalizado se ousar escrever que não em acordita”…
E viva a fição teatral.