«Existem problemas técnicos bastante difíceis que teriam de ser analisados e estudados no seu detalhe. […] Para já, temos dificuldades com os professores, mesmo sem o acordo ortográfico. E mais: se nós introduzirmos isso, é mais um problema que vamos criar. Para nós, é difícil. E dois, muita coisa também teria que mudar nas instituições. E mudar muita coisa nas instituições significa orçamentos que neste momento não estão muito à disponibilidade do governo.»
Alexandre Zandamela, embaixador de Moçambique na UNESCO
[Excerto (a partir dos 4’50”) de reportagem radiofónica com entrevistas, peça jornalística da RFI, que pode ouvir também aqui na íntegra.]
[Notícias da RFI, Radio France Inter (versão em Português) de 28 e 29 de Maio de 2013.]
Nota: ao contrário daquilo que alguns pretendem fazer crer O AO90 NÃO ESTÁ EM VIGOR EM MOÇAMBIQUE. Apenas foi aprovada em Junho de 2012, pelo Conselho de Ministros, uma proposta de ratificação que seguiu para o Parlamento moçambicano para discussão e eventual aprovação (ou rejeição, é claro); a discussão e votação da dita proposta não estão sequer agendadas.
[Notícia, citação e “links” enviados por Ana Isabel Buescu.]
1 comentário
Ao contrário do facilitismo irresponsável, evidenciado aqui pelo clube dos “acorditas malaquenses”, os moçambicanos fazem contas à vida antes de embarcarem em aventuras ortográficas. A lição a tirar deste belo exemplo é que o AO90 foi um produto manhoso inventado por mentes perturbadas, com sonhos de grandeza sem qualquer ligação à realidade das gentes que já falam e escrevem a Língua Portuguesa e daqueles que a irão estudar e aprender pelo mundo fora.