Conferência proferida por Vasco Graça Moura a respeito do “acordo ortográfico”, em 30 de Junho de 2011, na Galeria Fernando Pessoa (do Centro Nacional de Cultura), em Lisboa.
Nesta parte da gravação uma estrangeira (italiana?) interroga-se, aliás brilhantemente, sobre o futuro da Língua Portuguesa como “língua segunda” ou, de modo geral, para todas aquelas pessoas que, não sendo nem portuguesas nem dos PALOP nem brasileiras, usam, trabalham ou simplesmente amam o Português-padrão como ele é.
Gravação vídeo por José Ferrão.
1 comentário
Aplausos! Disse em poucas palavras a razão pela qual o acordo é CONTRA a expansão da língua portuguesa no estrangeiro. Algo que muitos portugueses parecem ainda não ter percebido.
“Os estrangeiros que querem aprender a Língua Portuguesa são privados, com o novo acordo ortográfico, daquelas ferramentas necessárias para descodificar o som da língua. Se nos privam da ortografia, nunca conseguiremos descodificar o som da vossa língua escrita.”
Já me tinha interrogado sobre isto. Ao aprender uma língua, como é que uma pessoa distingue ‘para’ de ‘para (=pára)’ se estes se escrevem da mesma maneira? A indicação do som diferente na segunda palavra é eliminada juntamente com o acento no AO90.
À senhora que falou, muito obrigada pela sua atenção e preocupação. Subscrevo tudo o que disse acima, e agradecemos!