Nuno Resende subscreveu a ILC

Nuno ResendeNuno Resende nasceu em Cinfães, a 29-8-1978. É Historiador, mestre em Estudos Locais e Regionais e actualmente doutorando em História da Arte Portuguesa, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Tem investigado e publicado nas áreas da arte religiosa, inventário e Património, fotografia e retrato histórico, genealogia, biografia e micro-história, entre outros temas, num período que baliza entre a Idade Moderna e a contemporaneidade. Foi investigador do Museu Nacional Soares dos Reis (2003-2004) onde participou na elaboração de exposições temporárias. Em 2006 foi convidado pela Diocese de Lamego para coordenar a 2ª fase do Inventário do património religioso e cultural nos arciprestados de Lamego e Tarouca tendo comissariado duas exposições sob o tema do património religioso no vale do Douro («A Montante do Tempo», 2006 e «A Palavra e o Espírito», 2007). Foi, ainda, coordenador editorial e científico de diversas publicações editadas pela Diocese de Lamego, nomeadamente os 2 volumes do catálogo resultante do projecto de inventariação: «O Compasso da Terra», onde participaram 24 investigadores nas áreas da História e História de Arte de diversas universidades nacionais.

“A imposição política de um Acordo Ortográfico no espaço de língua portuguesa é, ao mesmo tempo, um contra-senso e uma intromissão na evolução cultural. Um contra-senso pois espartilha a própria dinâmica linguística que se inventa e reinventa. O Português do Brasil, que se destaca cada vez mais nos mercados e no consumo, é a prova dessa dinâmica que tem marcado uma trajectória muito particular que não abrandará por artes legislativas. E é uma intromissão na evolução cultural, pois obriga à formatação da escrita com base em premissas muito pouco claras que se fundamentam, sobretudo, em necessidades macro-económicas e que em nada tocam as necessidades educativas dos cidadãos.

Como é possível que um dicionário actual se dedique a explorar as novas “vantagens” do Acordo, mas através dele seja impossível compreender um texto de Camilo Castelo Branco?

Eu não subscrevo o AO90.

E num assunto como este, que envolve, como bem referiu Fernando Pessoa, a “minha pátria”, a “minha língua”, exijo ser ouvido e deixar de ser tratado como um simples adereço nas grandes questões dos homens políticos internacionais, para quem este assunto é uma mera questão tecnocrática.”

Subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela revogação da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.

Nota: esta publicação foi autorizada pelo subscritor, que nos enviou a biografia aqui reproduzida.

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