Diz o poeta e jornalista Álvaro Alves de Faria.
Set 22 2012
“Por favor, acabem com a tal da reforma ortográfica” [Álvaro Alves de Faria, YouTube]
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5 comentários
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O meu querido poeta e jornalista, em pouco mais de cinco minutos,
diz tudo! É conciso e directo. O seu discurso é Magistral.
Bem haja!
Não!
Deixem a nossa lingua em paz.
Tomás
É bom ver que também no Brasil se entende a monstruosidade do AO90. Um depoimento brilhante.
Atento à dicção (cuidada) de Álvaro de Faria, noto que ele pronuncia a-dô-ção e não a-dò-ção. Não sendo o génio da pronúncia dos do Brasil pròpriamente o dos portugueses, o fechamento das vogais átonas dá-se por lá, todavia. E se no português brasileiro um «ó» átono como o de «adopção» se fecha em «ô», fácil é de ver o que lhe rapidamente sucederá connosco decepando-lhe a consoante etimológica.
A-du-ção.
Não esqueçamos que já em documentos medievais aparece escrito «Purtugal»…
Cumpts.
“ele pronuncia a-dô-ção e não a-dò-ção.”
Claro. O código de escrita do português é ler tal como se escreve. Se está escrito “adoção” lê-se a-do-ção. Se está escrito “ator” lê-se “a-tor”. Se está escrito “arvore” lê-se “ar-vo-re”. Se está escrito “árvore” lê-se “ár-vo-re”. Se se quer ler a-dó-ção tem de se sinalizar isto. Como as línguas não nasceram ontem e a nossa descende do latim escreve-se “adopção”. [E com as línguas têm muitos sotaques até há muita gente que pronuncia o “p”, os acordistas devem defender que sejam fuziladas provavelmente.] Se está escrito “actor” lê-se á[c aspirado]-tor. Esta é uma particularidade nas ditas “consoantes mudas”. É que a bem dizer os “c” mudos não são mudos. São “c aspirado”, assim como os “h” não são mudos, são “h aspirado”. Mas para estes indigentes acordistas o “c” não se lê. Pergunto-me onde estudaram para dizer barbaridades destas.