Porque somos seres falíveis, a liberdade de debate público é um instrumento crucial para a procura da verdade e a correcção dos erros. Mas pensar que de qualquer debate emerge automaticamente a verdade é outra vez a ilusão do automatismo. A discussão, pública ou privada, é um instrumento de procura da verdade exclusivamente quando as pessoas envolvidas estão de boa-fé. Quando as pessoas envolvidas se entregam à retórica da disputa verbal, para ver quem ganha, o instrumento original foi distorcido a ponto de se tornar não um meio adequado para descobrir verdades, mas um dos seu mais sérios obstáculos – porque dá às pessoas a ideia errada de que o debate e o raciocínio, a racionalidade e a argumentação não passam de jogos de forças. Quem faz do debate um mero jogos de forças, é natural que pense que é disso que se trata; o problema é outras pessoas pensarem que essa é a única maneira de encarar o debate.
Desidério Murcho, “Filosofia em Directo” (pg. 86), FFMS, Lisboa, Janeiro 2011
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Não é esta a vossa causa, como não é esta a vossa casa.
Não insistam, por favor. É inútil.
Nós estamos, como pessoas de boa-fé que somos, apenas interessados em derrotar o “acordo ortográfico” e não em ganhar qualquer conversa.