”O ACORDO ORTOGRÁFICO É MAIS DIFÍCIL PARA OS BRASILEIROS DO QUE PARA OS PORTUGUESES” [Expresso – “Actual” 20.10.12]

Imagem criada por Paula Blank

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”
Joseph Goebbels (29.10.1897 – 01.05.1945), Ministro da Propaganda de Adolf Hitler

Nota prévia
Atendendo a que nem toda a gente tem acesso aos conteúdos do Facebook, plataforma onde esta entrevista foi transcrita em primeira mão, e atendendo principalmente ao enorme interesse público da dita entrevista, abre-se no “site” da ILC uma excepção (sem exemplo), reproduzindo aqui também este verdadeiro manifesto: da aldrabice manifesta, da manifesta desfaçatez de um manifesto (pelos vistos) mentiroso.

Evanildo Bechara, 84 anos, académico, gramático e filólogo brasileiro, é visto como o arquitecto do Acordo Ortográfico (AO) no Brasil e é hoje a autoridade máxima para dirimir qualquer problema ou conflito gerado pelo AO. De passagem por Portugal, comenta a polémicas suscitadas pela aplicação do Acordo, admite discordar do elevado número de excepções contempladas, considera o uso do hífen um dos maiores problemas em qualquer língua e garante que a aplicação do AO será mais difícil para os brasileiros do que para os portugueses.

Os portugueses andam desde 1911 a abandonaras grafias etimológicas, mas não estará este Acordo Ortográfico a ir longe de mais na opção por uma ortografia mais fonética?
Essa foi uma simplificação no possível. O português beneficiou da visão de Gonçalves Viana, que em 1885 publicou com Vasconcelos Abreu, um pequeno folheto de simplificação. Naquele tempo não se pensava em unificação com o Brasil. Já naquela altura eles trabalhavam na unificação da língua portuguesa à maneira dos italianos, que foram bem mais avante. O italiano aboliu o “h” inicial, enquanto o espanhol manteve. O espanhol escreve “hombre”, com “h”;no italiano, “uomo” perdeu o “h”.

Essa é uma das excepções que geram confusão. Por um lado diz- se que se abandonam as consoantes mudas, mas depois temos o “h” mudíssimo no início de algumas palavras. Porquê?
Por causa de uma tradição. O português acompanhou o espanhol no sentido de não abolir o “h” etimológico, embora o português ainda ponha “h” em palavras cuja etimologia rejeitaria o “h”, como é o caso de”húmido”. No Brasil escrevemos sem “h”, porque ficámos fiéis à etimologia, mas no caso de “homem”e outras palavras com “h” nós persistimos.

Os portugueses são muito sensíveis à função diacrítica da consoante dita muda, que identifica o timbre aberto da vogal precedente. A sua ausência não deixa a palavra despida?
Já o primeiro gramático da língua portuguesa, Fernão de Oliveira, dizia, em 1536, que só se devia escrever a letra que se pronunciasse. Essa função diacrítica é válida, mas para um número pequeno de palavras em relação ao universo da língua. O próprio texto do Acordo, quando fala do acento diferencial, diz que em alguns casos você está liberado para o usar. No poema de Manuel Bandeira, que diz que o poema é forma (“fórma”) e não forma (“fôrma”), aí você pode usar o acento gráfico. Num caso como este, excepcionalmente, seria possível para a pessoa colocar o acento.

Acabou de usar um termo que exemplifica uma outra divergência. Disse “excepcionalmente”. Pronunciou o “p”, mas em Portugal a mesma palavra é agora escrita sem o “p”. Não acha normal o cidadão comum ficar perplexo?
No caso de “diretor”, você tem uma palavra só com duas possibilidades de pronúncia. Como “acordo” e “sede”. A língua admite também algumas palavras onde há dupla pronúncia. Então, se há dupla pronúncia, você tem um facto de língua e não um facto de ortografia. A ortografia é uma convenção que não abrange a língua toda, a qual é muito mais rica do que a ortografia.

Porque é que a simplificação ficou no meio termo da etimologia?
Porque, se partíssemos para uma ortografia puramente fonética, ficaríamos com situações muito complicadas para distinguir, por exemplo, “coser”, de costurar, e “cozer”, de cozinhar. Por essa ortografia, as duas palavras seriam escritas com “z”. Onde houvesse sibilante surda seria escrito com “z”. A ortografia etimológica, na medida do possível, ajuda-nos a separar essas palavras homófonas, que não são homógrafas, isto é, que não se escrevem da mesma maneira. Por isso há vantagem numa simplificação sem desprezar a tradição etimológica das palavras. A Academia Brasileira de Letras apresentou uma reforma em1907, e nesse sistema partiram do pressuposto que não se escreveria nenhuma letra que não fosse fonema, isto é, que não fosse pronunciada. Veja-se o verbo “adoptar”, que os portugueses ainda escrevem com o “p”, mas os brasileiros tinham já, desde1907, tirado esse “p” etimológico. Carolina Michaelis, que fez parte da Comissão de 1911, com Gonçalves Viana e Leite de Vasconcelos, dizia que o argumento de que a consoante etimológica aparecia para registar o timbre aberto da vogal anterior era uma meia verdade, porque em muitas outras palavras onde havia diferença semântica entre o timbre aberto e o timbre fechado, como “acordo” e”acordo”, de acordar, ou “sede” (necessidade de beber) e “sede” (local onde funciona uma instituição), os portugueses não usavam nenhum artifício gráfico para fazer a diferença.

E o problema dos hífenes, com que ninguém se entende?
O problema dos hífenes foi os portugueses não adoptarem o sistema espanhol. Preferiram marchar com os franceses. O emprego do hífen é um quebra-cabeças em qualquer língua que faça uso dele. Foi dada uma regra relembrada pelo autor do dicionário contemporâneo, Santos Valente: usar-se-á o hífen nos compostos quando os dois elementos forem para o plural. Isto para resguardar o plural dos dois elementos. Mas se o primeiro elemento não tiver plural, deve-se abolir o hífen. O emprego do hífen foi criado no século XIX para todas as ortografias. O Acordo de 1990 trouxe uma directriz muito fácil, se abolirmos as excepções que aparecem. A base 15 diz o seguinte: quando os dois elementos são constituídos por substantivos, adjectivos ou numerais e se entre os dois elementos não houver elemento de ligação, põe-se o hífen. Por exemplo,”tenente-coronel”. Já general de brigada, onde entram dois componentes, mas com um elemento de ligação, aí não se põe mais o hífen. Erradamente conservou-se em “cor-de-rosa”. Porquê isso? Em nome de uma tradição. Quando houver prefixo, a regra geral é o sistema da terminologia científica: abolir o hífen, na medida do possível. Agora, em alguns casos em que o primeiro elemento termina por vogal e o segundo começa por “r” ou “s”, aí junta, mas duplica as consoantes para que mantenham o som original: “minissaia”, “contrarregra”. Se seguirmos esses dois princípios fundamentais, fica resolvido o problema do hífen na língua portuguesa.

O que é que contesta na argumentação de quem se tem apresentado contra o AO?
As pessoas que falam mal do Acordo de 1990, apresentando argumentos jurídicos ou do ponto de vista linguístico, estão cometendo dois erros fundamentais. Por exemplo, o poeta Vasco Graça Moura diz que o Acordo é contra a jurisprudência mais elementar, porque o artigo 22 do Acordo estabelece que não se faça nenhuma reforma ortográfica antes da composição do vocabulário ortográfico comum. Nunca o Acordo falou em vocabulário ortográfico comum, tout court. O que o artigo 22 diz é o seguinte:”Os Estados signatários tomarão através das instituições e órgãos competentes – não se fala das Academias – as providências necessárias com vista a elaboração, até 1 de Janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável, e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas.” Isto é, os vocábulos da física, da medicina, da botânica, da toponímia. Não tem sentido uniformizarmos o vocabulário comum e os portugueses chamarem à capital da Rússia Moscovo e o Brasil chamar Moscou.

Qual é o outro erro?
É o de que o Acordo é mais fácil para os brasileiros. Não é. O brasileiro vai ter de fazer muito mais mudanças dos seus hábitos do que os portugueses. É o caso do trema ou da abolição do emprego do acento circunflexo, numa verdadeira agressão à pronúncia brasileira, vamos deixar de colocar o acento agudo nos ditongos “i” e”oi” dos paroxítonos “ideia”, “jiboia”. Os portugueses nunca puseram este acento, até porque antes escreviam “idea”. Isto cria um problema para o brasileiro, que vai escrever “heroico” sem acento, por ser um paroxítono, e “herói” com acento, por ser um oxítono.

Há algo que lhe desagrade neste Acordo?
As excepções. A ortografia é um acto de ciência. Tem um lado cultural, mas tem um lado social. Tenho restrições ao Acordo, mesmo se uma mudança ortográfica nunca é para a geração que a faz mas para a vindoura. Fernando Pessoa não aderiu à Reforma de 1945. Ficou com a etimológica. Desde logo pela sua própria concepção poética. Teria de passar um pente fino no emprego do hífen, para simplificar, sem prejudicar a tradição da morfologia da língua e aboliras excepções. O Acordo de 1990 foi o que de melhor os responsáveis pela reforma ortográfica conseguiram fazer até hoje. E é pena que percamos a oportunidade deste momento histórico, por problemas económicos, políticos ou de vaidade pessoal, em detrimento de uma comunidade de quase 300 milhões. Como dizem as pessoas de bom senso, a língua não tem dono. A língua é dos que a falam.

Entrevista de Valdemar Cruz
Avcruz@lexpresso.impreso.pt

Expresso 120 de Outubro de 20121 ACTUAL 135

[Transcrição integral da entrevista publicada na revista do semanário citado. Link indisponível.]
[Disclaimer: os conteúdos publicados na imprensa ou divulgados mediaticamente que de alguma forma digam respeito ao “acordo ortográfico” são, por regra e por inerência, transcritos no site da ILC já que a ela dizem respeito (quando dizem ou se dizem) e são por definição de interesse público (quando são ou se são).]

Notas (da ILC AO90)
1. Esta entrevista foi corrigida manualmente em conformidade com o Acordo Ortográfico em vigor, ou seja, o de 1945. Esta correcção incidiu, evidentemente, apenas onde se justificou.
2. Esta composição de texto “custou” 3 horas de trabalho. Partilhe-o à vontade mas refira as fontes (autoria de Expresso, reprodução manual de ILC AO90).
3. O conhecimento do assunto foi-nos facultado pela página FB “Tradutores Contra o Acordo Ortográfico” em “post” partilhado por @Pedro da Silva Coelho e citando ambos um artigo no blog “Alma Lusíada”.

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10 comentários

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    • Hugo X. Paiva on 6 Novembro, 2012 at 21:14
    • Responder

    Faz um mês que eu chamei mentirosos a esta gente. Volto a fazê-lo.

    http://oglobo.globo.com/educacao/brasil-cedeu-mais-que-portugal-no-acordo-ortografico-6133327

    e mais isto:

    http://www.youtube.com/watch?v=DQUj4BvD9Gc .

    A isto chama-se mentira! tão sómente… Fica aqui exposto o caracter desta gente

    ………………….//…………….

    Em relação ao artigo:

    Sugiro que Mestres habilitados a julgar teses, formem uma comissão oficiosa, e façam saber os resultado, de forma a que não fique restea de argumento a esta cabala de gente sem vergonha.

    • Jacqueline on 6 Novembro, 2012 at 21:37
    • Responder

    Concordo que as línguas não sejam mortas e possam por isso estar sujeitas a alterações. Discordo deste Acordo Ortográfico, pois não veio, quanto a mim, e comigo concorda a maioria dos portugueses, ajudar nenhum dos 2 países, em, falando da sua população, a entender ou falar/escrever melhor ou de forma uniformizada o português. Os brasileiros não nos entendem, mesmo após viverem em Portugal por mais de 6 aqnos, por exemplo, simplesmente porque teimam em falar do modo deles e se falarmos português correcto com eles, ficam baralhados e dizem: -“oi??”-Ou seja, não entendem, não compreendem e nunca esta situação se corrigirá. Ora, teremos nós que passar a dizer como eles -“TU FEZ ISSO?” – A verdade é que mesmo falando erradamente, nós que falamos bem a língua, obviamente que conseguimos entendê-los. É muito complexo falar sobre isto, mas eu, que por exemplo, lido com brasileiros emigrantes, encontro todo o tipo de modo de falar usado naquele imenso país. É de loucos o que eles dizem de errado nesta língua. Eles próprios falam de modo completamente diferente de uma ponta do país à outra. Não tem lógica uniformizar o nosso português com a língua distorcida do português que eles usam. Seria mais lógico chamar-lhe crioulo brasileiro quanto a mim. Poderia dizer muito mais, mas prefiro diálogos.

    • Maria do Carmo Vieira on 6 Novembro, 2012 at 21:54
    • Responder

    Transcrevo da entrevista a pergunta e apenas uma parte ínfima da resposta «Há algo que lhe desagrade neste Acordo?
    As excepções. […] Fernando Pessoa não aderiu à Reforma de 1945. Ficou com a etimológica. Desde logo pela sua própria concepção poética.»
    Deve certamente ser um lapso, por isso gostaria de precisar que Fernando Pessoa morreu a 30 de Novembro de 1935.
    Maria do Carmo Vieira

    • Acácia on 6 Novembro, 2012 at 23:32
    • Responder

    Estas palavras ditas por um alto dignitário
    constituirão uma alavanca para reacender, em locais visíveis, a contra argumentação.

    Cito:”Tenho restrições ao Acordo, mesmo se uma mudança ortográfica nunca é para a geração que a faz mas para a vindoura”.

    Lamento que os mentores deste disparate não se tenham ocupado a pensar no futuro de quem cá está agora. É revoltante, sobretudo o último trecho da entrevista.
    Porque a geração vindoura, a aprender o Português desta maneira, pleno de regras sem nexo, passará a falar outra Língua. Sim. Pelo menos uma língua estrangeira terá regras gramaticais bem simples.
    Os povos lusofonos gostariam de assistir ao empenho de governos ocupados em projectos de trabalho digno na remuneração, na humanidade, na educação e na verdade. Estes ingredientes fariam nascer sorrisos nos rostos actuais e os vindouros nasceriam em berços mais sólidos.
    As Palavras para uma excelente comunicação já cá estavam.
    Bem haja.

    • Hugo X. Paiva on 7 Novembro, 2012 at 2:34
    • Responder

    Professora: esta gente vive numa dimensão estranha aos demais mortais. Lembro que o signatário do AO90, Pedro Santana Lopes, enviou uma carta a Machado de Assis, que, como é sabido, faleceu em 1908.

    • Maria do Carmo Vieira on 7 Novembro, 2012 at 8:24
    • Responder

    Ainda bem que lembrou esse episódio, caro Amigo. A ignorância é mesmo assim: arrogante, fanfarrona, e muito, mesmo muito perversa quando pretende conduzir os outros do alto de pedestal onde se instalou, apoiada por uma numerosa corte de medíocres.
    Um bem-haja também à Acácia por acentuar a terrífica moda de ensinar sem nexo, sem significado, seja na Gramática, seja em qualquer outra matéria.
    Congratulo-me por haver pelo menos numerosos grupos de pessoas que não se vendem a lobbies, que não vendem a alma nem a inteligência. Este comportamento que nos une é também o que nos dá força para RESISTIR e NÃO OBEDECER.
    Maria do Carmo Vieira

  1. Este Bichara é nada menos que uma cavalgadura. Um porquinho saltitão que vem de milonga em milonga A chafurdar nos disparates mais incríveis. Desta paupérrima entrevista percebo como os do «Expêsso» publicaram tamanha estupidez como a que bolçou associando Fernando Pessoa ao Acordo de 45; prestaram-se ao frete de estribar sub-reptìciamente o repúdio brasileiro do Acordo de 45 num autor de vulto. Uma habilidadezinha de farsantes ilusionistas. Nada de admirar. O saco de plástico é boa «media» que se presta a quase tudo. Quase porque a sucedâneo da Renova não se ajeita…
    No Brasil, parece-me, qualquer caramelo vindo Líbano ou das profundezas do Tártaro mete o bedelho no português. O pedaço de asno Bichara ignora tristemente a realidade do português fora do Brasil — o que para vendedor de gramáticas a caipiras nem o deslustra — e busca descaradamente colar o trôpego acordo de 90 a melhores argumentos. Chegou já a fazê-lo com a Reforma de 1911 (v. http://biclaranja.blogs.sapo.pt/579436.html). Alapado na Academia de Machado de Assis nem relampejo de inteligência lhe dá para entender o que o antecessor soube fazer tão bem: simplesmente conhecer o português dos portugueses. Não duvido que foi do bestunto desta besta que fulgiu tirar-se o acento de «pára»; no sertão os caipiras como ele só escrevem «pra» e fora do sertão não existe mais nada.
    Cumpts.

    • Pedro Marques on 8 Novembro, 2012 at 1:25
    • Responder

    Professora Maria do Carmo há uma diferença de 34 anos nesse engano, é muito ano. Coitado do homem, para além de ser mau na língua portuguesa ao ponto de a tratar desta forma assassina, ainda por cima não sabe contar.

    • Pedro Marques on 8 Novembro, 2012 at 1:59
    • Responder

    A Língua não é dele, nem dos Brasileiros, e segundo a Jacqueline os brasileiros fingem não perceber, ou não querem perceber, porque se julgam donos da língua, e querem que nós nos ajoelhamos perante eles e sejamos servidores deles. E o problema é que temos feito isso mesmo, não só perante o Brasil, mas perante o que o Governa dita lá do pedestal.

    • Jorge Teixeira on 8 Novembro, 2012 at 14:52
    • Responder

    Esta entrevista só serve para demonstrar que o dito acordo ortográfico é fruto das masturbações intelectuais de senhores como este. As declarações do próprio são suficientes para perceber que os critérios “científicos” foram puramente arbitrários em função das simpatias dos proponentes.

    Acho aliás graça à afirmação de que ortografia é ciência quando as opções do AO90 contrariam todos os princípios científicos. Se a ortografia seguisse uma metodologia científica nunca existiriam casos de palavras homógrafas, dado que o ideal de um código escrito é a transmissão de informação sem nenhuma ambiguidade e assegurando que os dados percebidos pelo receptor (o leitor) são exactamente os dados comunicados pelo emissor (o escriba). O AO90 destrói por completo qualquer princípio científico na ortografia do Português ao multiplicar as homografias de forma maciça.

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