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A nossa ILC (v. integral)

PROJECTO DE LEI DE REVOGAÇÃO

DA RESOLUÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Nº 35/2008

 

Artigo 1º

(Acordo Ortográfico de 1990 – entrada em vigor)

A entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 fica suspensa por prazo indeterminado, para que sejam elaborados estudos complementares que atestem a sua viabilidade económica, o seu impacto social e a sua adequação ao contexto histórico, nacional e patrimonial em que se insere.

Artigo 2º

(Disposição transitória)

A ortografia constante de actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, de bens culturais, bem como de manuais escolares e outros recursos didáctico-pedagógicos, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação, será a que vigorou até 31 de Dezembro de 2009 e que nunca foi revogada.

 

Artigo 3º

(Disposição revogatória)

Este diploma revoga todas as disposições da Resolução da Assembleia da República nº 35/2008, de 29 de Julho, que com ele sejam incompatíveis.

 

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27 comentários

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  1. VIVA A LÍNGUA PORTUGUESA!

  2. A Lingua Portuguesa é a nossa Lingua Mãe. Por isso não temos que nos adaptar a nada. Quem quiser que aprenda a nossa Lingua. Já se diz há muitos anos numa máxima popular: ” Quem quer bolota que trepe”

  3. Apoiado, apoiado, apoiado! Como é que assino?

    • José António da Câmara Pimenta de França on 3 Abril, 2010 at 18:20

    O meu total apoio total a esta iniciativa!!!

  4. “É possível k (…)” ?!
    Não estamos a tentar salvaguardar a bela língua de Camões?
    Completamente a favor desta ILC…
    Obrigado a todos aqueles que redigiram a mesma, e a todos os que a suportam!
    Abraço

  5. O povo brasileiro sofreu um maior iletrado do que o português. As divergências da escrita deles, devido à sua maior falta de instrução através dos tempos e decorrente de decisões erradas por políticos e governos, afasta a língua do grupo latino em que se insere. Este nivelamento por baixo é inaceitável.

    • EU on 4 Abril, 2010 at 19:41

    A língua passa por mudanças sincrónicas e também diacronicas! Qual é o problema? Tudo muda, tudo evolui. Podem decidir duma vez? Só pra saber o que ”potuguês” devo aprender. Obrigado

  6. A divergência entre a ortografia brasileira e portuguesa não tem que ver à falta de instrução, como afirmou Rui Mota em seu comentário. Na mesma medida em que o consenso em torno da forma ortográfica correta, pelo menos no Brasil, não é de responsabilidade de político algum. Para tanto, a Academia Brasileira de Letras exerce a função.
    Acontece também que Brasil e Portugal, apesar do passado em comum, desfrutam de história e influências migratórias totalmente diferentes. Veja, apesar de ter sido colônia de Portugal oficialmente até 1822 (considerando o período que passou como reino unido à portugal), após, e mesmo durante este período, o Brasil recebeu influências através de imigração de africanos, holandeses, italianos, alemães franceses, ingleses, japoneses,… Isso para falar dos fluxos que foram mais representativo e sem contar da influências dos nativos pré-descobrimento.
    Então, caro Rui Mota, como pode-se perceber o português brasileiro não difere do português de portugal por razões meramente políticas e nem mesmo por deficiência na qualidade de instrução. O fato é que o português brasileiro, é sim, diferente do europeu, mas por sua história e influências culturais distintas.

    Agora, sobre o famigerado Acordo Ortográfico, também eu possuo uma posição contrária. Acredito que uma tentativa de fusão das duas ortografias não faz jus à belíssima história e literatura por trás da evolução dos dois idiomas. Acho que a língua de Camões deve ser protegida, tanto quanto a de Machado de Assis, Guimarães Rosa e tantos outros. Além disso, tento como o exemplo a língua inglesa, que possui ainda mais variações que o idioma português, podemos ver que a não normatização da ortografia entre os países que a possuem como língua nativa, não criou uma problemática para a sua evolução e expansão no mundo. Sendo o inglês é o idioma mais falado no mundo e uns dos mais aderentes à neologismos, pergunto, qual é a relação real entre uma ortografia comum entre os países de língua portuguesa e sua influência no mundo?

    • Pedro Tropecelo on 5 Abril, 2010 at 12:54

    Se o AO for mesmo obrigatório, eu passarei a escrever apenas em inglês, ignorando, por si só, este acordo ortográfico. Uma acção não é uma “ação”, nunca foi e nunca será. Um facto nunca será um fato, isso é para vestir, não para demonstrar algo que aconteceu! Abaixo este documento que apenas quer que o Português fique mais abrasileirado. A língua Portuguesa nasceu em Portugal, não foi no Brasil ou nos PALOPs. Quem tem de ditar as regras somos nós, não eles!

  7. Eu não tenho nada contra a variante do português falado e escrito no Brasil. Isso significa que a Língua está viva e tomou caminhos diversos por dizer realidades diferentes , aliás a distinção faz-se mais, na minha opinião a nível do léxico/vocabulário/significado e estruturas e pronúncia do que propriamente na ortografia, daí não ver nenhum benefício neste AO, a não ser uma submissão injustificável a uma ideia de união/unicidade política e popularucha que ninguém sente, porque não se pode estabelecer por decreto uma unicidade daquilo que já é muito diferente… Daí proteste e continue a escrever e a falar a Língua Portuguesa que aprendi , estudei e ensinei… alguns jornais em alguns artigos já usam o AO muito timidamente , o que significa que estão apenas a fazer vontades a uma minoria, que tem interesses incompreensíveis, se calhar até inconfessáveis, esta é a minha opinião. Ambas as variantes são dignas e têm o seu lugar, não têm porque andar depender uma da outra… Fico à espera de poder assinar o mais depressa possível e apoiar esta iniciativa.
    Abraço.

  8. Quer se escreva em português de Portugal, do Brasil, de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Principe, Moçambique, etc, será sempre português e será lido e compreendido por todos. Não faz sentido contrariar a evolução natural da lingua forçando uma aproximação tão absurda quanto desnecessária. Primeiro surge a lingua e só depois, com base nela, surgem as gramáticas e dicionários. Inverter estas posições é desprezar e alterar por completo a história evolutiva das diversas variantes do português.
    Resumindo: Estou completamente contra este ou qualquer outro AO.
    Onde é que se assina?

    • Maria Emilia Torres Aires Pereira on 9 Abril, 2010 at 7:45

    A Língua Portuguesa é a mais bonita e uma das mais antigas do mundo, por isso não temos que mudar em nada. Viva a Lígua Portuguesa! VIVA PORTUGAL.

  9. Infelizmente Portugal aos poucos vai perdendo todos os seus valores. Os únicos Tesouros que ainda possuíamos são a nossa Língua e os Descobrimentos. Se continuarmos a insistir em vender a Língua Portuguesa aos interesses da política brasileira, então “somente” fica o legado dos Descobrimentos, até ao dia em que algum historiador venha dizer ao Mundo de que afinal os portugueses nada descobriram, e como é habitual fiquemos todos calados. Neste Acordo Ortográfico prevalece somente a imposição dos brasileiros? E os restantes países de Língua Oficial Portuguesa que fizeram parte deste estudo não contam?! Continuamos com a treta do país à beira mar plantado, mais parecendo o “Portugal dos Pequeninos”, leia-se dos políticos imbecis e corruptos.

  10. Acho que devemos ter cuidado com algumas observações. Língua Portuguesa só há uma!!!!!!!!
    Por essa língua ter uma história riquíssima e multicontinental tem variantes que são diferenças muito pequenas, se considerarmos o seu todo. Essas variantes enriquecem a língua, e devem ser acarinhadas pois são prova da sua vitalidade e maturidade e não o contrário.
    Ainda bem que os brasileiros chamam sua à mesma língua que nós, os portugueses
    (assim como os povos dos PALOPs e muitas comunidades espalhadas pelo mundo -algumas das quais separadas de nós há séculos).
    Não façamos deste combate uma luta entre aqueles que amam esta língua e muito em especial contra os brasileiros a quem devemos, entre outras coisas, o facto de o Português ser uma das línguas mais faladas do Planeta.
    Temos TODOS o direito a ser quem somos e a expressá-lo segundo a tradição a que pertencemos e é, por isso, que nos estamos a bater, penso eu. Não vamos perder a nossa língua se o acordo for avante, porque desde que o Português é Português já passou por muitas grafias (a propósito, Camões não escrevia com a grafia actual)e isso não lhe tirou a sua força nem a sua vitalidade.
    Se o acordo for avante teremos uma grafia que, no meu ponto de vista, é estúpida e sem nenhum fundamento que nos convença.E por tal sentimos-nos mal e incomodados.Se o acordo for avante vamo-nos sentir num fato que, de facto, não é nosso!

    • Ana Leitão on 20 Abril, 2010 at 0:49

    Recomendo, em vez de repetirem certos argumentos, que leiam o texto do acordo. Entenderiam, por isso, que «facto» nunca poderá passar a «fato» na nossa variante. De resto, considero que é perfeitamente legítimo demonstrar desconfiança e oposição, nada contra.

      • admin on 20 Abril, 2010 at 12:18
        Author

      @anokas78

      Evidentemente, não somos nós os responsáveis pelos comentários dos visitantes; essa responsabilidade cabe inteiramente aos mesmos, cada um a cada qual. Pela nossa parte, reiteramos sistematicamente que essa (facto/fato) é uma confusão “tradicional” e costumeira, cuja origem desconhecemos e que, para o caso, pouco interessa. No entanto, o FACTO é que essa é uma das “pérolas” contempladas no A.O. como “grafias alternativas admissíveis”.

    • Manuel Menezes de Sequeira on 20 Abril, 2010 at 20:47

    O acordo ortográfico é ilegítimo pelo simples facto de tentar legislar a língua. A língua é de quem a fala e não de um bando de burocratas, independentemente de terem ou não feito um bom trabalho. Assim, a melhor forma de resolver este problema é a óbvia: desobedecendo ao acordo. Melhor ainda, ignorando-o.

      • admin on 20 Abril, 2010 at 21:36
        Author

      Caro Senhor
      Manuel Menezes Sequeira,

      O problema é que não é possível “ignorar” ou “desobedecer” ao AO. Não escreverá segundo ditames absurdos, certo. Mas terá de ler. Vem a dar no mesmo, portanto.

      Não será por certo o seu caso, mas é precisamente essa atitude generalizada de simplesmente (e mais nada) “ignorar” o ou “desobedecer” ao AO que tornou possível que o dito AO esteja agora em vigor. Não há que “fazer” nem uma coisa nem outra, porque é inútil e porque isso apenas faz o jogo de quem pretende impor o acordo; o que há, a única solução, é combatê-lo activamente; não passivamente.

      Cumprimentos.

  11. Completamente contra o AO. Quem não sabe a lingua de Camões falada e escrita na sua essencia que a aprenda. Já chegam outras concessões feitas a outros povos.
    Os africanos em Portugal insistem em falar a sua língua e nós é que temos de mudar? ABAIXO O ACORDO ORTOGRÁFICO.

  12. Acontece que o meu problema não é a forma do acordo, é a sua existência, e não por algum suposto “interesse nacional” (aliás inexistente), mas sim por uma questão de liberdade individual. A língua não se legisla: fala-se e escreve-se. Se amanhã os portugueses começarem a usar o verbo “tar” e inventarem o verbo “hader”, por absurdo, assim será. Se, por via das telenovelas ou de outra forma qualquer, o português europeu convergir com o brasileiro, nada a dizer. Os lexicógrafos registarão as novas formas e usos e é tudo.

  13. Estou actualmente em Paris a fazer estudos superiores de português e faz-me uma grande confusão este acordo ortografico que nos é imposto sem que a momento algum nos tenham informado das modificações que iam operar na nossa bela lingua, e pior ainda, não nos tenham pedido opinião através de um referendum!
    No entanto, não estou de acordo quando certas pessoas dizem ” cabe aos brasileiros se adaptaram à nossa norma!”, é absurdo, nem um nem outro se devem adaptar seja ao que for! A evolução duma lingua faz-se naturalmente e isso é revelador da historia de cada pais. Se o português no Brasil seguiu uma forma diferente do português em Portugal, é porque na verdade a Historia dos dois paises é diferente. Hoje, aplicar o Acordo Ortografico, que favorisa sem duvida alguma a norma do português do Brasil, é atribuir à lingua portuguesa de Portugal uma historia que ele não tem, de uma evolução que ela não sofreu no seu territorio! E injusto para os portugueses terem de adoptar uma norma que na verdade não nos diz respeito, em termos historicos!
    Assim, estamos a privar a lingua portuguesa de Portugal a evoluir naturalmente Quem sabe um dia o que nos reserva a evolução da nossa lingua? Uma coisa é certa, ao adoptar o acordo ortografico nunca o saberemos.

    Queria aproveitar para fazer uma pergunta, espero que possam me informar. Eu vivo em França, tenho o Cartão do Cidadão, mas nunca votei, e por conseguinte não tenho numero de eleitor. Sera que posso na mesma assinar a ILC?

    • admin on 21 Abril, 2010 at 14:02
      Author

    @Marisa Pais Gomes da Silva,

    Muito obrigado pelo seu comentário.

    Respondendo em concreto à sua pergunta, sugeria consultasse o endereço http://www.recenseamento.mai.gov.pt/ ; presumo que estará recenseada, pelo que os respectivos dados deverão aparecer automaticamente se ali indicar o seu Nome ou Número de Identificação e Data de Nascimento.

    Cumprimentos.

  14. Escreverei sempre como aprendi e me ensinaram.

    • paulo bacon on 3 Maio, 2010 at 4:34

    Entendo a indignação dos portugueses e também sou contra o AO.Já é tempo do Congresso brasileiro oficializar a “lingua brasileira” e assumirmos logo o controle do que será a quarta lingua mais falada no mundo. O Brasil além do patrimonio economico precisa construir um patrimonio cultural e simbolico, vamos começar pela lingua e devolver o portugues de Camões aos seus legítimos donos, os portugueses.

    • N.Sousa on 3 Maio, 2010 at 18:58

    Os meus familiares e muitos dos meus amigos, vamos continuar a ignorar o “acordo” e tenho a certeza que essa também será essa a vontade de muitos mais portugueses.
    Por isso mobilizem-nos contra este atentado à nossa língua e cultura!

    A minha Pátria é a língua portuguesa. (Fernando Pessoa)

    • Orquídea Soares de Lima on 3 Maio, 2010 at 19:47

    Caro Paulo Bacon, se a língua portuguesa, com todos os países que a falam, é a 7ª língua mais falada, como raio é que consegue que o Brasil sózinho, se houvesse a “língua brasileira”, seja a 3ª língua mais falada? Aparecerão mais brasileiros escondidos no capim? Explique lá essa matemática!

    • Leonardo Lazuta on 11 Maio, 2010 at 13:57

    Concordo com o Paulo Bacon, cresce no Brasil em meios acadêmicos e universitarios um movimento de oficialização da lingua Brasileira. Isso é apenas uma questão de tempo, as duas linguas já se diferem bastante para serem consideradas distintas. Um bom exemplo é que a lingua Brasileira e a Portugesa tem mais diferenças do que o Hindi da India e o Hurdu do Paquistão, duas linguas aceitas como distintas apesar da origem comum. A eliminação da gramática portuguesa e a introdução de uma brasileira ajudaria a reduzir a rejeição pela lingua nas escolas brasileiras, já que estudantes são obrigados a aprender imposições gramaticais de portugal completamente distantas da sua lingua nativa e sem qualquer uso prático no dia a dia.

  1. […] This post was mentioned on Twitter by JPG, Vitor Carmo and Emilia Morais, Cristina Lopes. Cristina Lopes said: RT @Apdeites: É possível k ainda haja 1 ou outra correcção, mas aqui está: ILC contra o Acordo Ortográfico http://ilcao.com/?page_id=92 […]

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