Sobre a “morte do acordo ortográfico”: um esclarecimento da ILC AO90

Tendo surgido no Facebook a “notícia” de que o AO90 teria “morrido” e tendo-nos várias pessoas solicitado a confirmação dessa suposta “morte”, cumpre-nos esclarecer que a mesma não passa de pura (e irresponsável) especulação, não sendo sustentada por quaisquer factos conhecidos.

Lamentando a opção (de terceiros) pelo sensacionalismo, aqui fica o esclarecimento possível quanto a um “anúncio” com o qual não temos evidentemente nada a ver.

A luta continua!

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17 comentários

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  1. Também achei um pouco “deitar foguetes antes da festa”, mas também confesso que não percebi muito bem a questão, talvez por não ter acesso à gravação. Ainda assim, considero que a pessoa em questão tem sido uma boa voz contra isto tudo. É também humano querer pôr a carroça à frente dos bois quando se tem um momento de eureka. Só aconselho mais frieza e cautela, ainda não existe um documento que revogue a coisa.

    P.S.: Julgava mesmo que a pessoa em causa estava ligada a esta página.

    1. As opiniões de cada um são os pontos de vista de cada qual.

      P.S.: não. De todo.

    • Graça Maciel Costa on 7 Dezembro, 2013 at 22:24
    • Responder

    Quando as opiniões se sustentam no desejo de ver morrer o AO90, desejo esse que todos partilhamos, acabam como especulação ou falta de real entendimento sobre o que se está a passar – que é grave do ponto de vista da nossa soberania linguística, identitária e cultural.

    Mais lamentável é quando, como efeito colateral subsequente, desmobiliza os menos atentos.

  2. Bem, confesso que não estou por dentro dos grupos e clãs que existem, mas desejo muito sinceramente que se respeitem, visto a causa ser, na sua essência, a mesma. Guerrinhas cibernéticas não ajudam. Cumps!

    1. Pois não, de facto, “guerrinhas” não ajudam mesmo nada e ainda menos as “cibernéticas”. A causa desta ILC é a derrota do AO90, nada mais. Nunca foi outra (causa ou coisa).

  3. Quando forem, de facto, as exéquias do AO, celebraremos devidamente e com toda a alegria. Mas a desinformação não ajuda em nada, pelo contrário.

  4. Eu percebo a vossa preocupação e partilho dela. Acho a ILC um instrumento com maior potencial, sendo que outras iniciativas poderão desviar a atenção daqui. Num mundo perfeito e cor-de-rosa, juntariam esforços e, por esta altura, estava tudo pronto para o ataque, por duas frentes. Mas pronto, muita força para todos!

    1. @SH: O que realmente importa é que o AO90 acabe (mesmo!) de vez. Obrigada pela força!

  5. De facto, o objectivo é acabar com este aborto que ninguém quer, nem em Portugal nem, pelos vistos, nos outros países lusófonos. A quem interessa, então, manter este braço de ferro? Que vantagens se esperam dele? Por muito que me esforce, só vejo aqui prejuízos e, quando um dia vencer o bom senso, vai haver muitos milhares de miúdos irremediavelmente marcados por uma errada versão escrita da sua língua.
    Na escola o AO está em vigor e é obrigatório que alunos e professores o usem. Alguns teimam em escrever com todas as letras assinalando, embora, as alterações… É a minha contribuição nesta luta.

    1. @Lurdes Martins da Cruz: inteiramente de acordo, só há prejuízos com o AO. Na escola e em todo o lado, a todos os níveis. Ficaremos contentíssimos com a morte do AO mas quando essa for uma notícia verdadeira, o que infelizmente não é ainda o caso.

  6. Já que se fala de especulações (para mais, neste caso, vindas de pessoas com as quais nunca sequer conversei, pelo que me pergunto onde terão obtido informações a meu respeito de que eu própria não tinha conhecimento, é extraordinário!), permito-me acrescentar uma pequena nota pessoal que, pelos vistos, é necessária… 🙂 **

    Há muito, mas muito, muito tempo (desde a escola secundária, talvez??) que ninguém se entretinha a inventar-me namorados. No entanto, se, conforme vim a saber, há alguém preocupado com a minha vida pessoal a esse ponto (o que é, no mínimo, tocante…), posso assegurar que a minha vida pessoal está muito bem e recomenda-se. Se, contudo, alguma vez vier a necessitar de alcoviteir@s no futuro, já saberei exactamente onde me dirigir, o que é excelente. Muito, mas muito obrigada. É uma informação de que é sempre útil dispor 😉

    ** com as minhas desculpas a quem acha, tal como eu, que este assunto não tem rigorosamente nada a ver com o acordo ortográfico e não deveria ser misturado com outras questões…

    Hermínia Castro

    • Luís Ferreira on 8 Dezembro, 2013 at 17:39
    • Responder

    Por favor, HC, não sei se essa provocação foi feita aqui no blog da ILCAO, mas se foi é bom que não torne a acontecer no futuro, porque esse natureza de assuntos não interessa seja a quem for e só cria mau ambiente e desgastes desnecessários. O assunto aqui é: como resistir activa e passivamente no sentido de contrariar o que poucos querem impor a muitos. Desde a exposição de situações absurdas que possam demonstrar a idiotice dos seus implementadores, até a aspectos mais sérios, de natureza política e cultural.

    No meu entender, a existência de outras outras pessoas a lutar fora da ILC tem aspectos positivos e negativos. O aspecto negativo mais evidente é retirar potencial à ILC. As dezenas ou centenas de pessoas que lutam noutros tabuleiros, se estivessem todas agrupadas na ILC, tornariam a ILC mais activa e talvez já tivéssemos o número de assinaturas que são necessárias. Por outro lado há, pelo menos, um aspecto positivo importante. Se apenas um grupo de portugueses se mostrasse contra o AO, tornava-se fácil aos políticos dizerem que se travava de um grupo de contestatários, apenas. Assim, se os grupos aparecerem como cogumelos, eles não podem dizer que se trata de uma iniciativa isolada e não vão usar nesse argumento, apesar de também nunca reconhecerem que se trata de uma vaga de fundo, mais geral, e que a opinião pública está, espontaneamente, a tentar encontrar caminhos de luta contra o AO.

    Nada impede que as outras pessoas que estão associadas aos outros projectos não assinem a ILC. Aliás, seria de um parolismo a toda a prova achar que aqui há terreno para quintinhas. Esta é daquelas situações em que o fim das iniciativas significa o seu êxito.

    O melhor a fazer é criar pontes entre as diferentes iniciativas e tentar, aceitando as idiossincrasias de cada uma, estabelecer o entendimento possível, sem ambição. Se o que queremos é deitar abaixo o MONSTRO então nós assinamos as vossas, fazemos eco das vossas iniciativas e vocês assinam as nossas e fazem eco das nossas iniciativas. Sem rancores, sem azedume. Cada um é livre de fazer o que entende, mas ajuda os outros na medida do possível. Penso eu…

    1. @Luís Ferreira: Não podia concordar mais.

      Peço desculpa, uma vez mais, por trazer este assunto à baila, mas enfim… Já disse o que tinha a dizer.

      As pontes só se podem fazer se partirem dos dois lados. Quando um dos lados só pretende aniquilar o outro a todo o custo (e recorrendo a estratagemas inqualificáveis), é difícil.

      Mas haja esperança de que a luta contra o AO sobreviva a isso tudo. É a única coisa que importa.

    2. Caro @Luís Ferreira, uma nota apenas sobre o primeiro parágrafo deste seu comentário, já que o resto é opinativo e não cabe aqui debater alguns dos aspectos que refere.

      Pois claro que não foi neste blog que a provocação (reiterada, sistemática, aliás esta e outras de igual baixeza) foi cuspilhada; foi no “sítio do costume”, ou seja, no Facebook. Neste blog (site) semelhantes coisas pura e simplesmente não passam, como não passam nas páginas da ILC no mesmo Facebook, aquelas de que evidentemente somos membros (e mesmo assim nem todos nós, note-se, há quem nem tenha “conta” naquela plataforma).

      Mas de facto tem toda a razão no essencial, “é bom que não torne a acontecer no futuro” algo do género, ao menos quanto à vida privada seja de quem for.

      Cumprimentos.

      JPG

    • Luís Ferreira on 10 Dezembro, 2013 at 21:40
    • Responder

    Na verdade tinha achado estranho. Imensamente estranho! Recebo as “feeds” de todas as entradas e comentários deste blog e não tinha dado conta de algo parecido, mas também sou distraído. Por outro lado, sabendo que se trata de um blog com moderação, e conhecendo a prática do moderador, havia ali qualquer coisa fora da norma deste “blog”…

    Ainda bem que o “blog” – o “blog” de todos nós – continua isento de golpes baixos, para bem dos nossos objectivos: dar conta deste acordo miserável.

    Peço desculpa a HC se belisquei o seu bom nome, o que penso não ter feito.
    Peço-lhe, a si, desculpa, por ter deixado a impressão que algo deste jeito poderia ter acontecido aqui.

  7. @Luís Ferreira: Não tem absolutamente nada por que pedir desculpa. Agradeço o seu cuidado.

    Regressemos ao essencial: dar conta deste acordo miserável, como muito bem diz!

    • Jorge Teixeira on 11 Dezembro, 2013 at 14:48
    • Responder

    Não fazia ideia que andava isso pelo facebook mas por mim acho muito bem. Como neste país agora toda a gente emprenha pelos ouvidos, pode ser que lendo no facebook que o AO morreu, toda a gente deixe de o usar. Era positivo.

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