Traduções de Português para “brasileiro” (“ao abrigo do AO90”, é claro)

bangmagazine_portugal

All Portuguese language editions of Saída de Emergência will be further translated into Brazilian to accommodate differences in the written word between Portugal and Brazil, prior to publication.

[trad.]
“Todas as edições da ‘Saída de Emergência’ em Língua Portuguesa serão adicionalmente traduzidas para Brasileiro [sic] por forma a adaptar as diferenças de escrita entre Portugal e Brasil antes da publicação.”
[/trad.]

[Imagem e citação de SFcrowsnest.]

[Via Octávio dos Santos.]

Actualização (17:22)
Através de informação de Octávio dos Santos constatámos ter sido entretanto alterado o “post” original aqui citado. No entanto, Hermínia Castro tinha guardado uma cópia em PDF que, depois de convertida para formato “Word”, mostra (e demonstra) sem qualquer sombra de dúvida que o excerto aqui transcrito confere rigorosamente com o que lá estava. E que estava lá também um comentário do próprio Octávio dos Santos, igualmente apagado posteriormente pelos administradores daquele “site” inglês.

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24 comentários

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  1. Apenas cimenta o que já sabemos. A unificação é impossível não devido à ortografia, mas devido ao léxico.

    • Luiz Neves on 2 Julho, 2013 at 19:42
    • Responder

    É mesmo devido ao Léxico, com maiúcula? Então, diga-me lá quais são as diferenças é qual o percentual dessas diferenças entre as designações de parte do corpo, casa, vestimenta utilizadas no PORTUGUÊS DO BRASIL e no PORTUGUÊS EUROPEU? Faça um estudo empírico para afirmar qualquer coisa a respeito da linguagem como sistema, antes de lançar proposições infundamentadas.

  2. Um bocadinho de calma, sim Luiz Neves?

    As maiores diferenças entre o Português de Portugal e o Português do Brasil é Léxico sim, para não falar nas diferenças de Sintaxe. Caso não saiba Léxico: Compilação de palavras de uma língua. Ortografia: Escrita correcta das palavras de uma língua. Sintaxe: Parte da linguística que se dedica ao estudo das regras e dos princípios que regem a organização dos constituintes das frases.

    Sendo que ambos os países têm diferentes palavras que para cada país estão correctas ou não (antes do AO91 claro), o problema é por tanto Léxico e não Ortográfico.
    Um Português tanto percebe quando um Brasileiro escreve Atual como um Brasileiro percebe quando um Português escreve Actual. É o mesmo!

    Agora problemas Léxicos acontecem quando há palavras que não existem num país e sim no outro ou vice-versa. Um bom exemplo disso é a cor marrom, que em Portugal apenas se diz castanho, ora se usarem num texto “Esse vestido é marrom”, em Portugal não vão perceber a cor a menos que estejam a ver ou tenham experiência com telenovelas Brasileiras. O mesmo se aplica a que percebam no Brasil que cor é o encarnado, um vermelho forte.

    Depois há a diferenças de Sintaxe, no Brasil dizem por exemplo “Ontem eu vi ele no teatro” e em Portugal iria ser algo como “Ontem vi-o no teatro”. Há frases mais complexas mas prefiro ficar por aqui porque já deu para perceber a ideia 😉

    • Jorge Pacheco de Oliveira on 3 Julho, 2013 at 6:38
    • Responder

    O “acordo” ortográfico é uma trapalhada de tal ordem que ridiculariza quem o aceita e aplica. Na primeira linha da responsabilidade pela situação actual está a Assembleia da República, que não tem a clarividência de revogar uma decisão errada tomada na anterior legislatura.

    Por outro lado, Portugal tem de fazer ver ao Brasil que o português de referência é o que se fala e escreve no país de origem e não noutro país qualquer, independentemente do número de habitantes, pelo que o Brasil não pode continuar a alterar a seu bel-prazer a ortografia e a sintaxe da língua que herdou (a idiotice da “presidenta” é sintomática) sem perder o direito de a designar como português. Chamem-lhe brasileiro de uma vez por todas e vivam em paz.

  3. Ia de noite no ônibus sentado quando quando um fato aconteceu: um blecaute na iluminação mergulhou você, eu e todo mundo na escuridão e, tentando enxergar algo, a senhora que seguia ao meu lado, se movia constantemente, amarrotando meu terno e suando de mais sua testa virou cascata por tão úmida que estava.

    Ia de noite sentado no autocarro quando um facto aconteceu: um apagão na iluminação mergulhou-me, a ti e a toda a gente, na escuridão e, tentado ver alguma coisa, a senhora que seguia ao meu lado, movia-se constantemente, amarrotando o meu fato e, a suar muito, a sua testa tornou-se numa cascata de tão húmida que estava.

    Se nos dois exemplos acima, o Sr. Luiz Neves, não vê óbvias alterações, quer léxicas, quer de semântica, quer ortográficas, então quem deveria estudar um pouco o funcionamento da língua nas suas variantes geográficas é o próprio Luiz Neves.

    • Ana Ornellas on 3 Julho, 2013 at 10:44
    • Responder

    …talvez o Sr. Luiz Neves não saiba ler…

    • Jorge Teixeira on 3 Julho, 2013 at 14:40
    • Responder

    Atente nisto caro Luiz Neves:

    Retirado da imprensa brasileira:

    “A 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu o direito ao recebimento de horas de sobreaviso a um chefe de almoxarifado que ficava à disposição de uma empresa por meio do celular.”

    Agora o mesmo texto, convertido em português de Portugal:

    A Primeira Vara do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu o direito ao recebimento de horas de trabalho suplementar a um chefe de armazém que ficava em regime de prevenção por meio de telemóvel.

    Outro exemplo da imprensa brasileira:
    “A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito de uma trabalhadora gestante a receber salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, mesmo em se tratando de contrato de experiência. A Turma seguiu o voto do relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, no sentido de que o direito independe da modalidade do contrato de trabalho, e que o item III da Súmula 244 do TST, que exclui a estabilidade nos contratos de experiência, está superado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).
    O pedido formulado pela gestante em reclamação trabalhista ajuizada contra a empregadora, Turqueza Tecidos e Vestuários Ltda., foi inicialmente indeferido em primeiro e segundo graus. O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), ao manter a sentença contrária à pretensão da trabalhadora, entendeu que o direito da gestante ao emprego, previsto no artigo 10, inciso II, alínea ‘b’ do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), não abrangeria os contratos firmados sob a modalidade de experiência. “É que os contratos de experiência têm sua extinção com o advento do termo final ou da condição resolutiva”, assinalou o Regional. “A extinção do contrato em face do seu término não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa”.

    E o mesmo texto, convertido em português de Portugal:

    A Primeira Vara do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito de uma trabalhadora gestante a receber salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, mesmo tratando-se de um contrato a termo. O colectivo seguiu o voto do relator, Conselheiro Walmir Oliveira da Costa, no sentido de que o direito é independe da modalidade do contrato de trabalho, e que o item III da Súmula 244 do TST, que exclui a estabilidade nos contratos a termo, não tem precedência sobre a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).
    O pedido formulado pela gestante em queixa de Trabalho contra a entidade empregadora, Turqueza Tecidos e Vestuários Lda., foi inicialmente indeferido na primeira e segunda instâncias. O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), ao manter a sentença contrária à pretensão da trabalhadora, entendeu que o direito da gestante ao trabalho, previsto no artigo 10, inciso II, alínea ‘b’ do Acto das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), não abrangeria os contratos a termo. “É que os contratos a termo extinguem-se com o termo final ou condição resolutiva”, assinalou o Tribunal Regional. “A extinção do contrato em face do seu terminus não constitui despedimento arbitrário ou sem justa causa”.

    Quer mais exemplos lexicais?

  4. Lembro-me de, há alguns anos, ter sido anunciado com pompa e circunstância no Brasil que parte da terminologia médica brasileira seria alterada para melhor corresponder com a norte-americana, uma vez que grande parte dos médicos se formavam ou faziam cursos de especialização nos Estados Unidos. O perónio, por exemplo, passou a ser agora fíbula (veja-se a entrada a este respeito na wikipedia). Não há unificação possível quando, para além da deriva ortográfica, há uma imensa deriva lexical.

    • Luiz Neves on 3 Julho, 2013 at 21:14
    • Responder

    O que pedi no meu primeiro “post” senhores é a realização de estudo empírico contrastivo entre o Português do Brasil e o Português Europeu. Todos os exemplos acima citados por vocês constituem fenômenos a serem estudados. Alguns desses fenômeno de ordem sintática, por exemplo, já foram bastante debatidos em literatura especializada. Para provar que ambas as variedades da mesma língua constituem distintos sistemas linguísticos, mesmo em termos lexicais, há que se avaliar de fato mais dados. Afinal, há variações internas que ocorrem intrassistema em uma mesma variedade de língua. Fiz-me entender?

    • Luiz Neves on 3 Julho, 2013 at 21:30
    • Responder

    Senhor Jorge Pacheco,

    Acho que nenhum meio português possui prerrogativas para denominar a língua que nós brasileiros falamos. Só nós mesmos, os brasileiros, podemos dizer que língua falamos. Se quer uma explicação ou causa político-histórica para a designação Português do Brasil, estude as “reformas pombalinas”. Nada mais a declarar!

    • Luiz Neves on 3 Julho, 2013 at 21:57
    • Responder

    Mais uma coisa a declarar,

    Ortografia é convenção não é língua natural. Agora sim, nada mais a declarar!

  5. E no Egito… no Egito o ônibu não para!
    Marte e Netuno não tem trânsito não! -Lá dentro não!

    E em PortVgau? -Em PortVgau são semióticos!
    Porque em PortVgau, a escrita é língua náturau!

    Ma você sabi maix que todoj nóis, e veim áki nos ensiná o bê-à-bá!

  6. Não considero o léxico assim tão diferente que precisemos de um dicionário ou de “conversôes” como se de facto de duas línguas diferentes se tratassem.
    Palavras como “marrom” (claramente do Frances), ou “blecaute” (do Ingles blackout), são, no meu entender, exemplos ridículos e que nada afectam o entendimento entre dois seres minimamente cultos, para nao dizer inteligentes.
    No Brasil diz-se “ônibus”, aparentemente em Portugal antigamente dizia-se “auto-omnibus”, em Moçambique diz-se “mashibombo”. E daí?…

    Construções como “eu vi ele”, apesar de extremamente difundidas, NÃO são consideradas correctas nem no Brasil, assim como o uso coloquial de “enxergar”, cujo verdadeiro signifcado tem mais a ver com “entrever” do que com o acto de “ver” em si.
    Esquartejar e retalhar uma língua como nos convém não faz dela uma língua nova mas, se estamos assim tão indignados de chamar de Português à lingua falada no Brasil, proponho que criem duas línguas oficiais então, o Português e o Crioulo Brasileiro (ou Tupi-Guarani, o que lhe queiram chamar) porque a estrutura base, sem sombra de dúvida, é portuguesa. Já o fazem na África e até na Índia há muito tempo sem demais consequências e, pelo menos, acabamos com a falta de respeito, complexo de inferioridade e discussões ignorantes.

    • Jorge Teixeira on 4 Julho, 2013 at 15:53
    • Responder

    Vários intervenientes parecem estar a equivocados quanto a um assunto: nenhum português neste fórum, tanto quanto me é dado perceber, quer denominar a língua falada no Brasil. O contrário tem acontecido amiúde: vários são os participantes Brasileiros que aqui defendem que o Brasil fala “língua Brasileira”. E vários são os artigos (de sites externos) aqui referenciados que defendem que o Brasil fala “língua Brasileira”.

    Os portugueses, por norma, têm o maior cuidado e respeito pela língua tal como falada no Brasil, dado que só os Brasileiros poderão denominar a língua que falam e decidir de sua vida. O contrário é que não é norma. Muitos Brasileiros intervenientes na Política, na Academia e nos Negócios fazem uma imensa pressão para alterar a língua tal com falada em Portugal e atropelam o direito que os portugueses têm de decidir de sua vida.

    Reparem que tudo o começou por ser defendido nesta thread é que a “unificação da língua” é impossível devido às diferenças lexicais (ao que alguns mais tarde juntaram a observação de que também o impede a sintaxe). E a vozes incrédulas foram dados alguns exemplos imediatos de diferentes lexicais profundas em temas do quotidiano. E poder-se-á arranjar centenas mais, se sairmos daquilo que nos conseguimos lembrar assim no imediato.
    Por exemplo, a Academia das Ciências de Lisboa editou um volume sobre o vocabulário usado no domínio da indústria petrolífera em Portugal porque não há pontos em comum entre a nomenclatura e vocabulário da engenharia de petróleos entre Portugal e Brasil.

    Os intervenientes que não acreditam na questão da diferença lexical é só darem-se ao trabalho de pesquisar sobre o assunto. Encontrarão estudos e provas.

    • Luiz Neves on 4 Julho, 2013 at 18:14
    • Responder

    Senhores,

    Ninguém pode falar que não há diferenças lexicais entre o Português do Brasil e o Português Europeu, o que não se pode fazer é ser taxativo em afirmações sobre a linguagem humana, baseando-se em alguns “dadinhos”. Repito, ortografia é convenção. Uma questão a se colocar, aliás trivial para os que estudam língua de verdade, sobre a colocação pronominal é que a variedade brasileira do português mantém os padrões do português clássico. A variedade divergente ao padrão clássico foi o portuguesa: o Português europeu. Tradição por tradição temos a nossa como autêntico lusófonos, com direito à coroa, imposta , e graças a Deus já inoperante.

    • Luiz Neves on 4 Julho, 2013 at 18:36
    • Responder

    Convido a todos vocês a cursarem qualquer programas de pós-graduação em Linguística no Brasil. Assim, vão sanar muitas dúvidas, e de quebra, sairão do senso comum. Afinal, esse é objetivo de quem estuda de verdade.

    1. Caro Luiz Neves, agradecíamos que não tentasse transformar este “fórum” em página de propaganda acordista. Obrigado. Passe bem.

  7. Luiz Neves, por todo PortVgal existem inscrições em que podes observar EMPIRICAMENTE que o PortVguês anterior ao acordo ortográfico é o mais próximo do PortVguês do Século XV.
    É a escrita mais próxima dos Lusíadas originais que tivemos nos últimos 500 anos.

    O português-do-brasil é um escalpe, provavelmente por ignorância e arrogância.

    Deves também, antes de continuares na tua hipotética letra, lêr com atenção este excelente escrito: http://ilcao.com/?p=11207

    i.e. se a cultura empírica te interessa, e não a dita chauvinista.

    • Luiz Neves on 4 Julho, 2013 at 19:45
    • Responder

    Sim, Senhor JPG.

  8. O objectivo de quem estuda de verdade? Chegar às conclusões antes de fazer as perguntas? Foi exactamente esse o percurso do AO90 – concluí-se que era necessário porque logo se verá. Foi verdadeiramente estudado.

  9. Este thread de comentários ficou interessante.
    Não me arrisco a fazer comentários sobre o assunto central porque não sou da área de Linguística. Sou anti-acordista pelo seguinte motivo pessoal:
    Estou convencido de que é a quantidade de informações importantes veiculadas em uma língua que a torna importante (cultura, construções acadêmicas etc.). Esta frustrada “unificação” é a resolução de um não-problema e a criação de vários novos problemas, dos quais cito o meu: para fazer provas de concursos públicos, a nova ortografia será cobrada e o meu conhecimento atual está desconstruído.
    Aqui no Brasil já fiz um curso da “nova ortografia”, que me deixou a par de seus detalhes. O acordo está mal construído pois cria facultatividades e ambiguidades, além de mudar o que estava pacificado. Ou seja, um inferno.
    Se há que se fazer acordo, que seja feito consultando àqueles linguistas e acadêmicos que legitimamente podem contribuir para tal processo; e se eles concluírem que não é viável um acordo, que seja esta a última palavra.
    Não havia incômodo com as diferenças como há agora com o acordo.
    *Àqueles que me deram a honra de ler meu comentário, notem que escrevo um misto de português brasileiro com acordês. É como se escreve aqui e infelizmente tenho que acostumar, para não correr risco até de perder uma oportunidade por escrever “errado”.

    • Jorge Teixeira on 10 Julho, 2013 at 18:22
    • Responder

    @Angelo Concordo consigo que tudo o que se consegue é mudar o que estava pacificado e que tudo o que foi mudado provoca muito mais obstáculos do que a situação anterior.
    Por motivos de trabalho, tenho às vezes de escrever em português do Brasil e faço-o segundo a grafia brasileira habitual que é muito mais adequada ao português do Brasil do que o “acordo”.

  10. Não posso concordar mais. O AO90 é a solução para um não-problema. É uma fonte de problemas que precisarão de soluções cada vez mais atamancadas, como aliás se vê com a aplicação desta versão que está em constante mutação e o famoso vocabulário comum não existe. Os defensores dizem que daqui a uma geração (dez anos para os mais optimistas) tudo estará normalizado, mas será que compensa sofrer décadas de confusão para adoptar um sistema mal construído que vem substituir um que se reconhece mérito científico e linguístico e que não acarreta nem custos nem décadas de confusão?

  11. Afonso, a mim entristece isso ser normalizado. É como se fizessem remendos em um tecido em que não havia rasgões.
    Jorge Teixeira, pelos seus posts, suponho que você trabalha com o Poder Judiciário. Eu trabalho em um Ministério Público estadual no Brasil. Como por aqui os órgãos públicos são os semeadores do AO90 e o adotaram desde 2009, resistir não é opção para mim – exceto quando escrevo para fins pessoais.
    É certo que essa adoção forçada por aqui é menos traumática que em Portugal, visto que aqui já se engoliram consoantes há muito tempo, mas está complicado para quem trabalha intrinsecamente com a língua como ferramenta, como é o seu caso e o meu.

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