Simplifique-mos as complica são?

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Acordo Ortográfico ainda espera acordo de linguistas de Brasília

Um grupo de linguistas brasileiros da Academia de Letras de Brasília ainda discute possível mudança em Acordo Ortográfico, esperando alterações antes do fim do novo prazo de aplicação, que expira em Dezembro de 2015.

De acordo com Ernani Pimentel, que lidera o grupo dos linguistas insatisfeitos com as novas regras, a intenção é propor “simplificações” ao Acordo.

O próximo passo agora é definir se o Senado Federal, ou o Ministério da Educação, será o responsável por criar uma comissão de educação para estudar quais pontos que podem ser melhorados“, avançou o docente em entrevista à Lusa.

No final de Dezembro do ano passado, um decreto presidencial assinado pela líder brasileira Dilma Rousseff adiou o prazo para entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, previsto anteriormente para ser adoptado a partir de Janeiro deste ano.

De acordo com o linguista, existem duas “vertentes” dentro do Governo actualmente – uma do Ministério das Relações Exteriores, que justificou o adiamento para articular o mesmo prazo de aplicação com Portugal; e uma segunda, no Senado, cuja tendência é a busca da simplificação das normas.

Segundo o gabinete da senadora Ana Amélia, uma das eleitas que defendeu o adiamento, o trabalho do órgão legislativo já foi feito e agora o próximo passo estaria com a Presidência, que teria de procurar um acordo com os restantes países para voltar a discutir e repensar o acordo, se assim o desejar.

Paralelamente, de forma não oficial, os linguistas da Academia de Brasília tentarão trabalhar já em conjunto com seus pares nos demais países lusófonos, avançou Pimentel.

“A comissão da Academia de Brasília pretende contactar com linguistas dos outros sete países para fazer discussões via internet. É um trabalho não oficial, mas que poderá dar subsídios para uma actuação oficial“, opina.

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa começou a ser negociado em 1975 e envolve os oito países de língua oficial portuguesa, Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

Assinado em 1990, o acordo foi promulgado no Brasil apenas em 2008, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Inicialmente, o período de transição acertado pelo Brasil era de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2012.

Lusa/ SOL

[Transcrição integral de notícia publicada em 08.06.13 pelo semanário “Sol”. Os realces no texto e o título do “post” são nossos.]

[Via Bruno Lopez, por mensagem no “mural” da ILC no Facebook.]

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3 comentários

  1. Vou dizer o seguinte:

    “… “O próximo passo agora é definir se o Senado Federal, ou o Ministério da Educação, será o responsável por criar uma comissão de educação para estudar quais pontos que podem ser melhorados“(…)”

    O Ministério da Inducação é tão incompetente que deixa livros com erros absurdos serem distribuídos nas escolas.
    O Senado Federal é comandando por um homem cheio de processos por corrupção e que já renunciou ao cargo anteriormente para não ser cassado. Mas como o povo adora votar em canalhas…..

  2. Simplificação?
    Não há maior simplificação ao «Acordo» do que rasgá-lo. Simples e eficaz.
    Cumpts.

    • Jorge Teixeira on 9 Junho, 2013 at 23:10
    • Responder

    É inacreditável que o Brasil e Portugal sejam incapazes de compreender uma coisa tão simples que os falantes de língua inglesa compreenderam em nos anos de 1600: o essencial para a civilização é a estabilidade da ortografia. A pronúncia pode alterar-se vezes sem conta, mas para a cultura e o conhecimento sobreviverem a ortografia tem de permanecer tanto quanto possível imutável. A pronúncia da língua inglesa modificou-se profundamente (e várias vezes) desde o século XVII, mas continua a escrever-se da mesma forma.

    Estes senhores completamente néscios não contentes com o caos absurdo que instalaram ainda querem aprofundá-lo ainda mais? Basta! Rasgue-se o AO90! Queime-se o AO90!

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