Portugal “pendurado numa fantasia ridícula” [V.P.V, “Público” 11.01.2013]

Publico_VPV-11Jan2013

Só que os portugueses, quando não conseguem pagar as contas, pensam imediatamente em conquistar um império, de preferência o império que perderam. E, como são modestos, pensaram logo no Brasil. O nosso alto comando congeminou logo uma estratégia irresistível: importar para Portugal a ortografia brasileira. No momento em que os portugueses escrevessem (o pouco e mal que escrevem) sem consoantes mudas, o Brasil não podia deixar de se render, com uma saudade arrependida e desculpas rasteiras. Mas, como a humanidade é má, em particular no hemisfério sul, o Brasil terminantemente recusou o nosso audacioso “acordo ortográfico” e deixou Portugal sem consoantes mudas, pendurado numa fantasia ridícula e sem a menor ideia de como vai sair deste sarilho: um estado, de resto, habitual.

Vasco Pulido Valente

[Transcrição parcial de crónica de Vasco Pulido Valente no jornal PÚBLICO de 11.01.2013.]

Print Friendly, PDF & Email
Share

Link permanente para este artigo: https://ilcao.com/2013/01/11/portugal-pendurado-numa-fantasia-ridicula-v-p-v-publico-11-01-2013/

28 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Lia Lopes on 12 Janeiro, 2013 at 11:50
    • Responder

    Se tem uma coisa que o povo Português sabe fazer e bem é o papél de vítima: vítima da Alemanha, vítima da UE, vítima dos brasileiros e, sobretudo, vítima da sua própria estupidez em não perceberem que ficaram sem coisas que já não lhes fazem falta. Coisas que já cairam de uso há muito tempo.

    • Ricardo Alves on 12 Janeiro, 2013 at 15:25
    • Responder

    Concordo com a Lia Lopes quando diz que somos vítimas da nossa própria estupidez pois só essa razão justifica esse acordo ortográfico. Sendo a língua portuguesa património do nosso país (alterada pelos demais países de expressão portuguesa) não tem lógica nenhuma (excluindo interesses puramente mercantilistas) que a língua seja alterada só porque o país A, B ou C acha que tudo seria mais simples com a alteração da grafia de certas palavras. Se os outros países têm dificuldades em escrever correctamente , isso em nada nos diz respeito, mas não devemos destruir a nossa língua só porque alguns políticos subservientes tiveram essa infeliz ideia.

    • António Nöel Barbosa on 12 Janeiro, 2013 at 16:35
    • Responder

    Tem sido sempre deste modo: os acórdos ortográficos “luso-portuguêses” desde 1931, que resultam sempre em alterações ortográficas no português, língua europeia, para ser assimilado pelo Tupi, brasileiro, nativo sul-americano, ou seja o crioulo brasileiro, falado em casa e no meio familiar.

    Embora com a promessa de ser “unificada” a língua portuguêsa, tem resultado em ajavardamento do português, a uma língua estranha à Europa, ou seja, o crioulo Tupi a ser elevado a língua oficial de Portugal, como se se tratasse de uma colónia brasileira.

    Iniciou-se essa colonização com as antigas “foto-novelas”, romances de cordél, com fotos de raparigas semi-despidas, de costumes devassos e imorais, com uma linguagem suêz, para depois, com o evento da Televisão, passou a ser transferida para a tela, as mesmas depravações e linguagem suêz, de costumes depravados.

    Com a contrarrevolução em Portugal, depois de 1985, a corrupção e o compadrío entre ex-torcidários da pide-dgs, alcandorados ao topo da chefia do Estado, deu origem à corrupção e à degeneração dos valores de Abril, e, uma corja de corruptos tomou a chefia do Estado, ao ponto que um ex-toxicodependente, espancador da mulher, um ex-colaborador da pide-dgs, protector de bandidos, assaltantes de bancos, tipo Dias Loureiro e José Oliveira e Costa, com o qual esse ex-pide/dgs “trocou” o seu casebre por um condomínio de luxo na Quinta da Coêlha, por favores e encobrimentos no assalto ao BPN-SLN.

    Em 1990 concluío um Aborto-Ortografico, em que 99,99 palavras portuguêsas apagadas e adquiridas do crioulo-Tupi, e apenas 0,01, do Tupi seria alterado, ou seja o “¨” o trema, mas nem isso foi alterado, mas Cavaco Silva, prontificou-se a vender o português por uma quantia que ainda não sabemos !

    • Jaime Branco on 12 Janeiro, 2013 at 16:42
    • Responder

    Não vou comentar grandemente Lia Lopes, pois para se merecer respeito é necessário respeitar os outros. Algo que esta lia não conhece! Quando lialopes souber o que diz acerca do AO90…e de acordo com a sua opinião normal, sem criticar todo um Povo, ainda que com defeitos, então talvez eu dê uma opinião com a seriedade que lia Desconhece. Sujeira e asco … não dá para perder mais tempo!

    • Lia Lopes on 12 Janeiro, 2013 at 17:57
    • Responder

    A Lia Lopes tem consciência de que quem fala o que quer escuta o que não quer, Jaime Branco. O texto de opinião acima também, ao meu ver, é pejorativo, irônico (irónico) e generalizador. Apenas segui a vossa tendência (algo que muito vos agrada). Quanto ao acordo. Penso que o Brasil não deveria fazer acordo com quem quer que seja. Muito pelo contrário, deve sim reconhecer uma língua oficial brasileira, proveniente do latim como a língua portuguesa ou a castelhana que é uma variação da língua espanhola. Problema resolvido: os portugueses que fiquem a falar sozinhos…

    • António Nöel Barbosa on 12 Janeiro, 2013 at 18:17
    • Responder

    Caro Jaime Branco,

    Faz muito bem em não comentar palavras ôcas, só merece, orelhas môcas, mas eu comento, pois sou avesso à parvoíce dos que se põe em bicos-de-pé para que se note a altura da sua estupidêz. O povo não é estúpido, há é algumas Lia Lopes misturadas, mas isso não faz com que seja estúpido, mas que tenha uma ou outra ovelha-ronhosa misturadas.

    A estupidêz de quem está de acordo em vender a mãe, só que a velha luta e não quer ser vendida, só para ganhar um privilégio qualquer. A estupidêz, não é nem estupidez, nem onze, é mesmo estupidêz, e é uma cousa à fulana, nem lhe faz falta, já a têm de sobram para dar e vender.

    Ser estúpida é olhar para o espelho e vomitar “o povo Português”, a não ser que seja extraterrestre, alienígena, pois consegue ser ainda mais estúpida que os governantes, que pensaram que, vendendo uma coisa que não é sua, podem usufruir dela e ganhar dinheiro. Lá porque se utilizou do cargo, conquistado pela mentira, e pelo suborno, pode impor, mesmo sem ser aprovado, uma língua que ele vendeu às Gráficas Brasileiras, e que nem os intelectuais brasileiros se revêm nela.

    É ser-se muito estúpido, considerar que lá por não usar a inteligência, que nunca teve, é coisa que “Coisas que já cairam de uso há muito tempo” – assinale-se mais um erro nesta “douta” da patetice: caíram leva acento, senão fica “cá iram” – é que a inteligência é uma coisa que nasce com a pessoa, mas de tanto não a usar, atrofia e faz surgir uma “Lia Lopes”, o protótipo da estupidez que envergonha não só as mulheres como as portuguêsas.

    • Lia Lopes on 12 Janeiro, 2013 at 19:25
    • Responder

    «revêm» Não existe em nenhum dos PLP…..« os intelectuais brasileiros se revêem», Antonio Noel Barbosa, («revêem» do verbo «rever» é o que quer dizer) Eu, com a minha santa estupidez consigo perceber melhor a língua do que o “senhor” que julga ser dono dela. Quanto às “Lias” as quais se refere, com esta aqui não tem de se preocupar porque ela está no Brasil, país onde, embora respeitando uma norma culta de regulamentação da língua Portuguesa, sabe que a língua está ao serviço dos FALANTES. Não somos nós, os brasileiros, que estamos ao serviço dela…

    • Hugo X. Paiva on 12 Janeiro, 2013 at 19:28
    • Responder

    recusou o nosso audacioso “acordo ortográfico” ?
    (sic)

  1. Lia Lopes de dó. Então idioma brasileiro derivado do Latim? Nem o nome que ostenta a esclarece? Caramba!

    O Vasco Valente resume bem o caso todo. A menos que a explicação esteja nisto tudo ser um frete que tenhamos de aguentar para irmãos bairristas em lojas maçónicas apaziguarem as suas guerrinhas por causa das actas…

    Cumpts.

    • Lia Lopes on 12 Janeiro, 2013 at 23:28
    • Responder

    Caro Bic Laranja! Falando em esclarecimento, eis aqui uma boa oportunidade de esclarecer-se um bocadinho: «O sobrenome Lopes, Segundo o Centro de Pesquisa Histórica (The Historical Research Center), o sobrenome Lopes é derivado do nome próprio ‘Lope’, que vem do latim “lupus”, que significa ‘lobo’.
    ‘Lopes’ é a forma portuguesa do espanhol Lopez. Foi um nome muito popular na Grécia, Itália, Espanha e Portugal, onde tomou a forma de ‘Lopes’. Uma das referências mais antigas a este nome ou a uma variante é o registro de d. Diego LÓPEZ, que no século XIII foi para a região de Valência para reconquistá-la do domínio mouro.»Quanto à interjeição que usou, saiba que a palavra «Caramba» tem origem espanhola. Da proxima vez que fizer um comentário tente ser genuino e usar palavras de origem portuguesa…

    • Lia Lopes on 12 Janeiro, 2013 at 23:47
    • Responder

    Oooopzzzz! quis dizer genuíno.

  2. Acho que não qualquer dúvida sobre o facto de Diego López, logo após a reconquista de Valência, ter sido o primeiro europeu a alcançar a América do Sul, povoando-a de pequenos López e ensinado aos locais o seu idioma, não restando quaisquer dúvidas sobre a origem da versão brasileira da língua portuguesa.

    • José Curado on 13 Janeiro, 2013 at 18:51
    • Responder

    Lia Lopes pertence ao grupo de brasileiros “eruditos” que, antes da eleição de Lula da Silva (homem que admiro e respeito) ainda acreditavam que o Brasil estava economicamente deficitário porque os ladrões dos portugueses os tinham roubado, levando inclusive o “pau brasil” (para nós pau santo). Em duzentos anos não tinham conseguido solucionar o problema! Não reconheciam os seus níveis de corrupção e de má gestão governativa. Ou como os riquinhos cariocas e paulistas (ou paulistanos como gostam de ser chamados), que afirmam pertencer a famílias quinhentistas. Vá-se lá saber de onde vieram, até porque o brasil como país tem cerca cento e noventa anos. Ou será saudosismo colonialista? Agora naturais mesmo do brasil, só os índios. Porque o resto, são todos descendentes de emigrantes, deportados políticos, criminosos e de escravos que, para lá exportámos. O brasileiro nunca gostou do português. E isso sei-o de fonte segura. Não fosse casado com uma brasileira que se desculpava, pelo ressentimento económico, devido aquilo que lhes incutiam desde os primeiros anos de escolaridade. O Brasileiro apurou o cinismo, a inveja e a hipócrisia que, de alguma maneira, nos caracteriza. Daí as anedotas maciças sobre os portugueses, as mulheres de bigode e a cheirar a bacalhau. O escárnio com que tratavam os que para lá emigraram e enriqueceram, foi durante muitos anos notório. E o Português que se tornava dono de uma fortuna considerável, nunca teve “cabidela” nas sociedades elitistas. Conheci algumas famílias que nos tempos dos “retornados” optaram por emigrar para o brasil. Levando as suas fortunas, sentiram essa realidade na pele. Efectivamente existem países lusófonos que falam uma língua de expressão portuguesa, mas que pouco tem a ver com o português. Esse falam-no os portugueses (verdade de la Palice). Até porque sendo a língua viva, sofre alterações culturais, de pronúncia e da necessidade de adopção das realidades particulares de cada país, entre as quais a miscelânea de raças. Quanto mais distante se torna a separação dos povos da língua mãe, ou aquela que serviu de base de comunicação seja escrita ou falada, maiores as diferenças. Porque os brasileiros não falam Tupi-Guarani? Quanto ao Vasco Pulido Valente, é uma cobra venenosa que se mordesse a língua, cairia logo morto.

    • Jorge Pinto on 13 Janeiro, 2013 at 18:54
    • Responder

    Cara Lia Lopes,

    Vejo que se interessa por estas questões das línguas que nos falam – como diria o linguista – mas permita-me citar a sua própria prosa, para a corrigir:
    “Muito pelo contrário, deve sim reconhecer uma língua oficial brasileira, proveniente do latim como a língua portuguesa ou a castelhana que é uma variação da língua espanhola.”
    Em primeiro lugar uma língua brasileira, oficial ou não, só existirá num futuro muito longínquo se e quando a deriva entre os falantes de um e do outro lado do Atlântico fôr de tal ordem que se possa falar de duas línguas distintas embora aparentadas. Até lá, por muito que isso lhe possa custar, a língua oficial falada no Brasil é o português. Em segundo lugar: não percebo muito bem a parte final da frase citada. Será que nos está a afirmar que o português deriva do ‘espanhol’? Se é isso permita-me dizer-lhe que não existe nenhuma língua ‘espanhola’ e se quer dizer que o português deriva do castelhano está muitíssimo enganada. O português é uma língua românica filha do latim assim como o é o castelhano, não derivando nem uma nem outra da outra.

    • Hugo X. Paiva on 13 Janeiro, 2013 at 22:12
    • Responder

    Li-a;1ª pess. sing. pret. perf. ind. de

    Lia; Resíduo sólido ou pastoso de um líquido acumulado no fundo de um recipiente. = BORRA, PÉ, SEDIMENTO
    2. Bagaço de que se faz a aguapé

    Lia Lopes;seria bom que não tivesse parado de lêr. A falar sozinhos ficaram os “Brasileiros” logo após o vergonhoso processo de independêcia, espinha que ao que parece, ainda hoje trazem atravessada na garganta. E sozinha tem sido a posição que o Brazil tem optado por ter ao longo dos tempos. Aplaudo essa sua vontade de fazer do “crioulo”a língua ofícial do Brasil,e antevejo a sensação que irá fazer no resto do mundo quando expuser a tremenda erudição do “dito cujo”.
    Passe muito bem.

    • Lia Lopes on 13 Janeiro, 2013 at 22:31
    • Responder

    Caro Jorge Pinto, bastente audacioso e empolado seria o seu texto se não pecasse por muita retórica e pouco conteúdo. Não me importo de ser corrigida, mas peço que o faça com competência. Procure ao menos pesquisar antes de escriver aqui o que pensa, sem fundamentar as suas afirmações em absolutamente nada. Peço que volte a ler o excerto que extraiu do meu texto:« Muito pelo contrário, deve sim reconhecer uma língua oficial brasileira, proveniente do latim como a língua portuguesa…» -O que o faz pensar que estou afirmando que a língua portuguesa deriva do espanhol? ( penso isso de fato -facto-, especialmente quando falo com os galegos, mas não o tinha dito até então). Vamos continuar com a segunda parte: «…ou
    a castelhana que é uma VARIAÇÃO da língua espanhola.» Pergunto: Sabe a diferença entre as palavras VARIAÇÃO e DERIVAÇÃO? Quanto às línguas espanhola e castelhana, se estudar mais a fundo, vai descobrir que para os que olham de fora, como o caro Jorge Pinto, só há o castelhano, mas entre a Espanha, México, América Central e do Sul, há alguns países e regiões onde a língua oficial é o espanhol, cujos falantes se recusam a sequer pensar que falam castelhano. Quero deixar claro que a mim não me custa saber que meu país fala a língua portuguesa. Temos tanto orgulho em falar a «vossa» língua que até cuidamos dela muito melhor do que vocês. Com os melhores cumprimentos

    • Lia Lopes on 13 Janeiro, 2013 at 22:55
    • Responder

    José curado, está a seguir a linha de Freud para explicar o perfil do «grupo de brasileiros eruditos» do meu país? Talvez o próprio Freud, não só explique, mas ajude-o a transpor as frustrações amorosas com a tal brasileira. Não vou perder meu tempo com você (poderia dizer « não vou perder meu tempo -consigo-» para facilitar-lhe a vida, não fosse «consigo» um pronome reflexivo, usado de forma inadequada no seu País. Saudações

    • Lia Lopes on 14 Janeiro, 2013 at 3:18
    • Responder

    Então Diego López se deslocou para a América do Sul antes mesmo desta ser descoberta, Rui??? Tanta burrice devia ser ilegal. Tenha santa paciência!!

  3. Ai Lia, Lia!
    «Consigo» é a forma de aglutinar a preposição «com» com o pronome «si». Entronca directamente nas formas latinas «cum» + «secum» ( > si). — Então a Lia, que fala brasileiro, esse idioma novíssimo latino, e que vem famosa linhagem dos Lupi do Lácio, não sabe isto?!
    (Responda se quiser, mas não perco mais tempo consigo.)

    • Lia Lopes on 14 Janeiro, 2013 at 11:31
    • Responder

    Não é a origem do pronome que está em causa, mas o uso apropriado dele. E essa aglutinação da preposição e pronome (com+si) dando origem a uma nova palavra, muda alguma coisa, Bic laranja? o pronome ( > si) também é reflexivo e igualmente usado de forma equívoca no seu país. Posso perder tempo com o Bic Laranja porque estou de férias. Quanto ao Sr Bic, não vai perder tempo consigo (mesmo) ou com a Lia (comigo)?

  4. «Si» é pronome dativo. Vale a 2.ª acepção (cf.
    http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=consigo ), mas já vi que é escusado….

    • Jorge Teixeira on 15 Janeiro, 2013 at 11:39
    • Responder

    @Lia Lopes: concordo plenamente com a senhora, o Brasil deve reconhecer que não fala Português, algo que tenho por evidente, e deixar em paz Portugal e portugueses.

    • Carlos Molina on 16 Janeiro, 2013 at 16:36
    • Responder

    “Quanto às línguas espanhola e castelhana, se estudar mais a fundo, vai descobrir que para os que olham de fora, como o caro Jorge Pinto, só há o castelhano, mas entre a Espanha, México, América Central e do Sul, há alguns países e regiões onde a língua oficial é o espanhol, cujos falantes se recusam a sequer pensar que falam castelhano”.

    Puro delírio! Se “estudar mais a fundo” o quê, minha senhora? A tendência de designação oficial seguida para a língua neo-latina ibérica em questão – o castelhano… – e consagrada pelos últimos cento e tal anos (com considerável contributo do regime franquista, é certo, à custa da menorização de outras línguas faladas no território espanhol, que vieram a recuperar a sua importância regional após a Transição) é justamente a de que o espanhol (i.e., o castelhano) é a língua oficial em Espanha e em todos os países latino-americanos de expressão espanhola. Está a confundir alhos com bugalhos. Obviamente que não fará muito sentido um uruguaio, um guatemalteco ou um peruano referir-se ao espanhol como castelhano, por razões de distanciamento geográfico, cultural, político, etc.
    Atentamente,
    CM

    • Hugo X. Paiva on 16 Janeiro, 2013 at 17:58
    • Responder

    Mas afinal o que é espanhol e o que é castelhano? Eu sempre acreditei que espanhol não existe e que o castelhano é erradamente chamado espanhol.
    Quem sabe esclarecer o assunto?

  5. Quando a rainha Isabel, a Católica, conquistou Granada tomou o título de rainha de Espanha, a par do marido que era el-rei D. Fernando de Aragão. D. João II, rei de Portugal e dos Algarves de aquém e de além-mar em África e senhor da Guiné, enviou uma embaixada a reclamar e com razão; Portugal era um dos reinos da Espanha (Hispânia) e aquele título da rainha de Castela era uma usurpação sem jus. Os reis católicos não reinavam em Portugal.
    Pouco antes da união dinástica das espanhas ainda a semântica de «Espanha» não mudara:

    «Eis aqui se descobre a nobre Espanha,
    como cabeça ali da Europa toda,
    em cujo senhorio e glória estranha
    muitas voltas tem dado a fatal roda;
    mas nunca poderá, com força ou manha,
    a Fortuna inquieta pôr-lhe noda
    que lha não tire o esforço e ousadia
    dos belicosos peitos que em si cria.”

    […]

    Eis aqui, quase cume da cabeça
    da Europa toda, o Reino Lusitano,
    onde a terra se acaba e o Mar começa
    [&c.]»

    «Os Lusíadas», III, 17, 20.

    Cumpts.

    • Hugo X. Paiva on 16 Janeiro, 2013 at 21:20
    • Responder

    A peninsula Iberica portanto.Depreende-se que a lingua <> não existe,pois em Castela falava-se castelhano.

    • Hugo X. Paiva on 16 Janeiro, 2013 at 21:25
    • Responder

    Entre aspas sería Espanhol

  6. Meteram o Aborto ortográfico na “gaveta”. Pois eu continuo a escrever em português, e nunca em “brasileirês”. Pois vêm escreve-se como se fála, e não como o Aborto manda. Lá que os brasileiros, que são nossos irmãos de sangue, falem com sotaque, em que não conhecem outra conjugação gramatical, que não seja o gerúndio, escrevam como fálam, com a fonética deles, dizem “Brásíu”, mas escrevem Brasil, não querem substituir ao trêma, pois que é linguagem Tupi, em que usam o trêma em todo o lado que o “q” precede o “u”, fazendo com que o “qüe”, seja acentuado com um trêma, mas não fazem acentuação, e as palávras não são acentuadas, nem há vírgulas, fica como um “quebra línguas”: “No tempo da prehistoria os homens eram barbaros caçavam os passaros a tiro de revolver”. Claro que são os falantes que fazem a língua, e escrevem como pronunciam as palávras, acho muito bem que os brasileiros escrevam “vêem” (#véém#), pois que separam as vogais, acentuando todas elas, em Portugal o acento circunflexo, não acentua a vogal, é um sinal gráfico “^”, que significa vogais longas, não necessita ser repetida, agora, em brasileiro é usado frequentemente para acentuar as vogais como um acento agudo “‘´”, em “Gênesis”, envez, ou invés, de Génesis, “em vês”, não é separado, nem “de um”, que em português se escreve “dum”, isso não é simplificar a língua é complicá-la e regredir à pré-história dos anos 1500, em que marinheiros semi-analfabetos divulgaram um português, que depois os brasileiros assimilaram e hoje utilizam o “você” em tudo que é frase, pois assimilaram do americano, inglês de província, que usa o “you”, indefinido, de modo vago (que tanto pode ser “tu”, como pode ser “ele ou ela”), mesmo duas vezes na mesma frase, em Portugal “você, é estrebaria”, pois os patrões, para criar distanciamento para com o escravo, utilizava o “você”, mas para com iguais nunca utilizavam. Falar em português e escrever em brasileiro é o mesmo que falar em Quibundo (Norte de Angola) e escrever em Concanin (Gôa). Que escreva em brasileiro está muito certo para o Brasil, assim como não vou obrigar os americanos a escrever em Inglês. Bem fazem os Angolanos, Moçambicanos e os Timorenses em não aceitar a colonização da sua língua. Eu também NÃO ACEITO, escrevo como fálo e não páro de escrever como a fonética portuguêsa, e não como manda o Gibi do Manda-Chuva, ou do Zé-Carioca …

Responder a António Nöel Barbosa Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado.