«Nas mãos do povo dizer sim ou não» [carta de Hugo X. Paiva, E.U.A.]

[Esta publicação foi expressamente autorizada pelo autor, Hugo X. Paiva, que tem desenvolvido uma admirável campanha de divulgação da ILC pela revogação do AO90 junto das organizações de comunidades de emigrantes portugueses nos Estados Unidos da América, Luxemburgo, Canadá e França. Enviou-nos conjuntamente uma lista de entidades por ele mesmo contactadas (dezenas!) para o efeito, o que daqui e desde já agradecemos com uma saudação muito especial: um grande abraço, caro compatriota!]

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15 comentários

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  1. Mas será possível?

    Não vão nunca entender que escrever em acordês não é escrever em “brasileiro”? Que a ortografia resultante do AO90 é uma mixórdia que não tem nada de “brasileira”? O que seria preciso fazer para acabar de vez com essa ficção?

    Claro que se trata de uma ficção muito útil para mobilizar certos setores da sociedade portuguesa — mas é ficção. E digo mais, vinda de quem deveria saber do que fala, é uma ficção visível e demonstravelmente mentirosa. Como o é, aliás, tudo o que mobiliza esses setores.

  2. Caro Tomás, desculpe-me, mas já disse isso várias vezes e, a meu ver, há aqui algum mal-entendido. Se uma das supostas intenções do AO90 é “unificar” a língua (tarefa impossível, como sabemos e como se vê), a ideia seria escrever-se da mesma forma em Portugal, no Brasil, em todos os países da CPLP. O argumento repetido até à náusea por quem promove o AO é o de que “temos de nos aproximar do Brasil, pois é o país que tem o maior número de falantes e o Português de Portugal está condenado à extinção”, etc., etc., etc. Logo, escrever em acordês (e porque o acordês já vai em estado mais avançado de implantação no Brasil) é escrever da mesma forma que se escreve no Brasil. E depois admira-se que se diga isto? Quando, ainda por cima, Portugal tem de mudar muito mais palavras do que o Brasil, nesse “esforço de unificação/aproximação/seja-lá-que-disparate-for”?

    Claro que o AO é uma mixórdia. Inteiramente de acordo. Nem é carne, nem é peixe, nem é legumes. É um absurdo completo. Mas espanta-se, sinceramente, com a confusão? Quando em Portugal temos de levar agora todos os dias com o “direto”, o “atual”, o “ótimo” e sei lá quantos exemplos mais? Depois há as outras palavras que são meras invenções cozinhadas pelo AO (o “aspeto”, a “receção”, o uso e desuso dos hífenes e por aí fora) mas a maioria das pessoas não sabe isso. A esmagadora maioria das pessoas – em Portugal e, arrisco a dizer, também no Brasil – não sabe o que é o AO, e só isso é que explica que aquele disparate ainda não tenha sido eliminado de vez. Qual é o seu espanto?

  3. Se não é brasileiro parece. E na medida em que serve bem ao Brasil é inegável que é bem brasileiro.

  4. Muito bem, sr. Hugo Paiva.
    Cumpts.

  5. TomásRB: escreve no googletranslator ‘goalkeeper’ ou ‘bus’ ou ‘you’. Aliás, toda a informática está em Brasileiro. Flash, Android, Navegador, TUDO.
    Além de que só podes estar aqui a dar tanga porque se este português não é derivado do vosso dialecto, então vem de que merda?
    -Certamente que queres é confundir, chatear.
    Mas o Português ainda existe: se pensas que o Brasileiro é a língua escrita mais próxima da antiga, esquece. Porque a antiga existe.
    Se escolheres um destes parágrafos para atacar, tenta ao menos responderes a eles todos. Refuta então os factos. Antes de mais.
    Moinho para mim é ‘môinho’.

    …Fôdace!

    • Hugo X. Paiva on 19 Outubro, 2012 at 2:24
    • Responder

    Não se zanguem, há espaço para todos,para Doutores e para Setores.

  6. @Hugo X. Paiva: Hahahahahh!! Nem mais 😉 E faço minhas as palavras de Bic Laranja: muito bem!

    • Pedro Marques on 19 Outubro, 2012 at 20:47
    • Responder

    O Senhor Tomás Bueno tem uma fixação por senhores professores, quer-nos explicar o motivo?

    • Pedro Marques on 19 Outubro, 2012 at 20:51
    • Responder

    Hugo não tinha lido ainda o seu comentário, mas parece-me que ambos pensámos no mesmo. Coincidência. Parabéns pela carta, e vamos continuar a lutar.

    • Hugo X. Paiva on 20 Outubro, 2012 at 0:12
    • Responder

    Pedro : o tipo quiz dizer sectores,em ambas as situações.Concordo que é um monumento
    Muchas gracias.

    • Pedro Marques on 20 Outubro, 2012 at 13:24
    • Responder

    O problema é que houve tanto descrédito pela forma como o Brasil mudou a língua lá, e a forma como os governos portugueses depois dos governos provisórios trataram a língua e o ensino, permitiram que isto tudo acontecesse, e que as pessoas não percebam a razão de isto ser um verdadeiro disparate.

    • Bento (Galiza) on 20 Outubro, 2012 at 16:44
    • Responder

    …pedindo desculpa por antecipação por utilizar o espaço deste fórum para uma informação pessoal, mas na verdade tem a ver com o meu propósito de adquirir livros que respeitem a escrita da nossa Língua.
    Alguém me saberia dizer se este livro (http://www.wook.pt/ficha/sao-francisco-de-assis/a/id/14039131) está escrito em português ou em AO? Quero adquiri-lo através de catálogo, mas não consigo encontrar essa informação.
    Obrigado pola ajuda.

    • Hugo X. Paiva on 20 Outubro, 2012 at 19:59
    • Responder

    Casa das Letras
    Rua Cidade de Córdova, n.o 2
    2610-038 Alfragide
    Portugal

    Telefone | 21 427 22 00
    Fax | 21 427 22 01

    E-mail | servicocliente@leya.com
    Web | casadasletras.leya.com

    • Bento (Galiza) on 5 Novembro, 2012 at 12:33
    • Responder

    Obrigado pola ajuda. Embora polo tempo passado já ninguém leia isto, devo dizer que escrevim para o endereço indicado sem receber qualquer resposta. Algo que, aliás, tem sido a minha experiência habitual quando tenho procurado informaçoes ou esclarecimentos em editoras portuguesas. Isso si, desta vez para nada dixem que era galego, o qual (acho) incentiva ainda mais a descortesia da nao-resposta em determinadas empresas.
    Deduzo que a obra estará redigida no aberrante AO e vou evitar a sua compra. Aos senhores da Casa das Letras, por se alguém lhe-lo di, lamentar esse silêncio descortês que pouco contribui para que um se anime a comprar-lhes algo no futuro. Imagino que é o que tem vender muito e ter um bom superávit na balança de contas: um cliente mais ou menos apenas influi nela.

    • Hugo X. Paiva on 17 Novembro, 2012 at 7:56
    • Responder

    Bento: Fica a Casa das Letras na minha agenda vermelha, pela minha parte fico solidário.

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