A ver vamos
O Acordo Ortográfico é um aborto político: suspensão, já!
Antes de ser secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas opunha-se ao Acordo Ortográfico, que não é nem acordo — não o há entre os países de língua portuguesa – nem ortográfico — muitas das mudanças ortográficas são incompetentes e indecentes. A nova “ortografia” é um aborto político. No governo, Viegas passou a “nim”: nem sim, nem não. Ao fim de um ano, a prática mostra que passou ao sim. Entretanto, a situação ortográfica está caótica. A resistência é, felizmente, grande e determinada. Nos documentos públicos, escolas, exames, media, a confusão é generalizada. É lamentável que Viegas mude como o vento, deixe andar o caos, e se demita da defesa da cultura no mais basilar dos seus instrumentos.
Eduardo Cintra Torres, jornal “Correio da Manhã“, 1 de Julho de 2012, crónica com o título “Panóptico“.
Jul 03 2012
«Um aborto político» [Eduardo Cintra Torres, “CM”, 01.07.12]
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4 comentários
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Os políticos, em Portugal, são cada vez de modo mais descaradamente visível o “exemplo” a nunca seguir! Carácter, dignidade, sinceridade, responsabilidade: “isso” também já não se usa! Começo a perguntar-me se não somos todos nós, os eleitores, cúmplices deste abastardamento da democracia!
Há muita gente a concordar por achar que é a evolução, e a progressão, e também só porque sim. E Dona Maria Abranches é óbvio que quem vota nos mesmos partidos de sempre é totalmente cúmplice, é também óbvio que quem não se interessa, nem se preocupa com as decisões que os governantes tomam também é cúmplice.
Ele mudou de opinião por ter pensado no $$$ que vai ganhar com a editora.Ele não é dono de uma???
Nada de surpreendente no final de contas. Falta de carácter e de envergadura, está tudo dido. Vendido por um prato de lentilhas.
Infelizmente há mais, afinal o Paulo Portas enquanto director do Indpendente, sempre foi contra – não creio que tenha mudado de ideia… adaptou-se… dobrou-se… torceu-se… enrolou-se…
Vamos motrar a esta gentinha de que massa são feitos os portugueses, continuando a lutar e a recolher assinaturas e boicotando de todas as formas possíveis, sempre, este aborto ortográfico.