José Agostinho Baptista nasceu a 15 de Agosto de 1948, na cidade do Funchal, Ilha da Madeira. Colaborou com a imprensa, é tradutor (traduziu W. B. Yeats, Tagore, Walt Whitman e Tennessee Williams, entre muitos outros), mas é sobretudo como poeta que se distingue. No seu novo livro, publicado pela Assírio & Alvim, escreve, para que não restem dúvidas: “O autor repudia o novo acordo ortográfico”. Ao CM, o poeta explica-se. “Acho que esse acordo, dito ortográfico, não é uma coisa séria. Parece um rol de mercearia. Negociou-se a Língua, o seu património, (coitado do Fernando Pessoa ao dizer ingenuamente que a Língua Portuguesa era a sua pátria…) como se fossem batatas, cebolas ou chouriços. Um caos, uma espécie de feira da ladra das palavras. Se já se escrevia e falava tão mal, agora será muito pior, tal a confusão instalada. Não sei como é possível tamanha leviandade, tamanho desrespeito. Ou talvez saiba.”
[in revista “Domingo”, do jornal “Correio da Manhã“, 08.04.12. Link indisponível.]
[Nota: os conteúdos publicados na imprensa ou divulgados mediaticamente que de alguma forma digam respeito ao “acordo ortográfico” são, por regra e por inerência, transcritos no site da ILC já que a ela dizem respeito (quando dizem ou se dizem) e são por definição de interesse público (quando são ou se são).]
1 comentário
Assim mesmo é que é. Queremos mais autores que digam isto com todas as letras!