«Esse malfadado acordo» [Miguel Sousa Tavares, Expresso]

A partir de 1 de Janeiro, ao que parece, é de vez: todas as entidades públicas são obrigadas a adoptar o Acordo Ortográfico, mediante o qual o Estado português vendeu, grátis, parte do seu património inalienável. O Expresso, como sabem os leitores, já é escrito em obediência a esse malfadado acordo. Mas sobra a liberdade para os colunistas que assim o desejem, e entre os quais me incluo, continuarem a utilizar nos seus textos a ortografia da língua que herdámos dos nossos pais e que gostaríamos de transmitir aos nossos filhos. Assim continuarei, pois, a fazer, com o grande conforto de saber que estou a fazer a coisa certa.

Que os chineses fiquem com a electricidade que chega às nossas casas, preocupa-me porque sei que não há almoços grátis e, mais tarde ou mais cedo, teremos de pagar o preço com juros. Mas, no essencial, nada muda: a EDP continuará a ser a empresa pessoal do dr. Mexia e nós continuaremos a pagar a electricidade a preços de monopólio, o que é um dos factores impeditivos do nosso desenvolvimento. Que os espanhóis fiquem com o controlo aéreo do espaço português ou os angolanos com a Galp ou a REN, preocupa-me mais um pouco. Que os alemães fiquem com a água preocupa-me bastante mais — não por serem os alemães, mas por ser a água, o mais público de todos os bens. Que a nossa mais importante embaixada no mundo,a TAP, seja oferecida aos brasileiros, considero um acto de lesa-pátria, mas, desde que não me obriguem a ir a Madrid apanhar o avião para o Rio, do mal o menos, somos uma massa falida em liquidação total. Mas obrigarem-me a escrever o português em brasileiro — eu, cujos antepassados levaram a língua ao Brasil há 500 anos —, isso não. E digo-o com a convicção de quem ama profundamente o Brasil e tem, perdoem-me a imodéstia, o orgulho de ter quatro livros editados no Brasil e, por expressa vontade minha, com o português que aqui se fala e que é nosso.

Num artigo publicado esta terça-feira no “Público”, a professora Maria José Abranches explicou, mais uma vez,, até que ponto a capitulação feita com o Acordo Ortográfico representa uma absurdo face às regras da gramática em que aprendemos e crescemos e que continuam a fazer todo o sentido. Trata-se de uma língua comum, com regras ou desenvolvimentos diferentes na sua grafia e oralidade, que só são unificáveis à força e unilateralmente, tal como se fez no AO: quando os brasileiros escrevem de uma maneira, mesmo que nós não o façamos, vale a regra brasileira; quando nós escrevemos de uma maneira e eles não, vale também a regra deles. Já nem discuto que se possa fazer entrar em vigor uma convenção linguística que envolve oito países dessa língua e em que apenas três a ratificaram (há cinco países que continuarão a escrever o português que nós traímos). Já nem discuto que se tenha decidido modificar a língua sem consultar os que mais a usam: escritores, editores, jornalistas, professores de português. A única coisa que me intriga é saber como é que esta ideia nasceu (e não foi a pedido dos brasileiros), e como é que cresceu e ganhou pernas até se tornar um facto consumado, que os governantes aceitaram passivamente, com medo de ofender os senhores ‘académicos’. A história do Acordo Ortográfico é um exemplo brilhante de como, por passividade e deixar andar, se consuma um crime contra o património, disfarçado sob a capa de uma pseudovantagem estratégica que é um disparate que não resiste a qualquer análise. Sobre isso, sobre a razão do nascimento deste atentado à língua portuguesa, tenho uma teoria, que não me dispenso de enunciar, sempre que a oportunidade surge, aqui ou do lado de lá do mar: devemos o Acordo Ortográfico à ociosidade de alguns ‘sábios’ da Academia das Ciências que, sem nada de mais útil para fazer e antecipando algumas ‘viagens de trabalho’ ao Brasil, se lembraram de propor aos brasileiros, e para grande espanto deles, se não achavam chegada a altura de pôr os portugueses a escrever à brasileira. E assim nos entregámos, fazendo de nós um povo que, depois de tudo ter entregue, já nem sequer é dono da língua que criou e que fala. Repito: é uma teoria, não uma afirmação baseada em factos. Mas, se não é verdade, até parece!

É nestas alturas que eu acho que faz falta um grande estadista e um grande português na Presidência da República. Para dizer aos tontos que venderam a nossa língua: “Os senhores assinem o que quiserem, até podem dar de volta o Algarve aos mouros. Mas eu jurei defender Portugal e entendo que a língua que falamos e escrevemos é património de Portugal.”

Enquanto puder, eu continuarei a escrever no português que a dona Constança me ensinou, na escolinha pública da Serra do Marão, onde aprendi a escrever em português.

Miguel Sousa Tavares

[Transcrição parcial (ponto 2) de artigo da autoria de Miguel Sousa Tavares publicado no Semanário Expresso de 30.12.11. Esta transcrição foi dactilografada a partir de uma digitalização de recorte disponibilizada na Internet.]

Nota: os conteúdos publicados na imprensa que de alguma forma digam respeito ao “acordo ortográfico” são, por regra e por inerência, transcritos no site da ILC já que a ela dizem respeito e são por definição de interesse público.

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21 comentários

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  1. São menos as vezes de que discordo de MST do que as que concordo. Leio habitalmente as suas crónicas semanais, gosto da sua escrita, gosto da oportunidade e sensibilidade com que escolhe as temáticas (porque, de facto, está atento), mas não gosto, às vezes, da ambivalência que as envolve, embora assuma sempre como sua, e isso é de admirar. Este texto sobre o acordo ortográfico, não foge ao que eu penso dele como atento crítico do que se faz por cá, e, por isso, estou ainda mais de acordo com a sua forma de ver o problema. Não lembraria a ninguém, a não ser a alguns mentecaptos da ‘inteligência lusa’, fazer-nos escrever a nossa própria língua nos termos em que um outro país ‘irmão’ a escreve, só porque sim! É demais esta, a acrescentar a muitas outras idiossincrasias lusas, suportadas, também, por quem desgoverna tão bem este país!

  2. Onde se lê ‘habitalmente’ (estes teclados demasiados sensíveis são a causa) , deve ler-se habitualmente.

    • Rafael Ventura on 2 Janeiro, 2012 at 19:19
    • Responder

    Pais irmao, o orgao genital masculino (e digo isto assim para soar mais educado)! Espanha tem mais de pais irmao do que o brasil.

    P.S.:Por favor notem a capitalizacao dos paises.
    P.P.S.:Nao tenho acentos nem cedilhas no teclado em que escrevo.

    • Elisabeth Henriques on 3 Janeiro, 2012 at 0:08
    • Responder

    O meu comentário é muito sucinto. Direi apenas que subscrevo, na totalidade, esta transcrição do texto de Miguel Sousa Tavares!

    • Ferreira Da Silva on 3 Janeiro, 2012 at 0:44
    • Responder

    Sou a favor do acordo ortográfico, por entender a necessidade do controle da língua. Uma vez que um pequeno país como Portugal tem diferentes sotaques entre regiões (Açores, Madeira, Alentejo e continente) no Brasil ainda é imensuravelmente maior essa discrepância. Se não houver policiamento ortográfico, aí sim, se falará o que alguns chamam de “brasileiro” ao invés de português, ao mencionar a língua falada no Brasil. E em vista que em Portugal só Coimbra (e olhe lá…) trata a língua por TU, no que diz respeito às regras gramaticais, julgo imprescindível essa reciclagem no âmbito da manutençaõ da língua.

  3. Apoio incondicionalmente a teoria de MST sobre o imbróglio do AO: é coisa de científicos espertalhaços! Descobridores da pólvora, senhores “excecionais” que até vão “à primeira feira na segunda feira”, adoram “pur” a mesa e gostam do “pur” do sol; os mesmos que adoram comer no “Táváres” desde que não sejam eles a “págár” a conta…
    Mas que grandes mixordeiros! Deste vinho não bebo… não poderia a ASAE dar uma mãozinha?

    • Maria Isabel on 3 Janeiro, 2012 at 10:45
    • Responder

    @ Rafael Ventura.

    Creio que milhares de portugueses descordariam de teu comentário. Talvez não saiba mas, os portugueses têm privilégios exclusivos dentre os estrangeiros que escolhem o Brasil para trabalhar e/ou morar. Privilégios garantidos por nossa Constituição e que beneficiam mais de 1.200.000 portugueses que moram aqui. Se Espanha é mais acolhedora a teu povo, fico feliz. Penso que é natural afinal são vizinhos. Embora tal reciprocidade sentimental não ‘me pareça’ muito verdadeira.

    Cumpts

    http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/mais-de-100-mil-portugueses-emigraram-em-2011-so-o-brasil-concedeu-mais-de-52-mil-vistos-de-residencia-nos-primeiros-seis-meses/

    http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/12/16/portugueses-redescobrem-o-brasil-atras-de-oportunidades-profissionais.jhtm

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110411_portugal_brasil_pu.shtml

    • Maria Isabel on 3 Janeiro, 2012 at 14:07
    • Responder

    Em tempo: Errei ao teclar “dIscordar.

    Obrigado

    • N. Custódio on 3 Janeiro, 2012 at 16:56
    • Responder

    Concordo em tudo o que o MST aqui escreveu sobre o AO.
    No entanto, julgo que ele devia ter tido o cuidado de não escrever que “Os senhores assinem o que quiserem, até podem dar de volta o Algarve aos mouros.”. É que eu sou algarvia e considero-me imensamente portuguesa e defendo da mesma forma este património que é a nossa língua. Por esta ordem de ideias, não devolveríamos apenas o Algarve aos Mouros, já que eles estiveram implantados um pouco por quase todo o actual território continental português…
    Por mais que seja uma força de expressão, não cai bem num discurso que se pretende de defesa duma identidade nacional, cultural e linguística.

  4. Sou espanhol e vivo em Portugal. Sou contra o AO. Escreverei como me ensinaram a escrever: em bom português. Os “zucas” que se… (conheço brasileiros que são também contra o AO, portanto os “zucas” são os outros diminuídos mentais).

    • luisa fernandes on 4 Janeiro, 2012 at 0:50
    • Responder

    Se as línguas não evoluíssem, ainda estaríamos hoje a falar em latim! Quem disse que falamos e escrevemos actualmente como escreviam os nossos avós? Ou já não se lembram das pharmacias? Não foi assim há tanto tempo! O que me parece é que o português que se fala no Brasil evolui com muito mais velocidade do que aquele que se fala aqui, e os brasileiros tendem a adoptar modos mais rápidos e mais fáceis de escrever e falar. Assim, costumam aportuguesar os termos estrangeiros que usam no seu dia-a-dia, e inventam palavras quando necessitam. Tudo muito rapidamente . Nós também o fazemos, só que mais devagar: quem é que nunca foi à drogaria comprar vióchéne? E o meu pai morreu em 1995 sem nunca ter ouvido falar em “teclar” Então porque não deixar o português do Brasil evoluir, a um ritmo diferente do nosso? E já agora, já pensaram porque é que os brasileiros não dizem “nós não falamos português! nós falamos brasileiro!!!”?? E porque é que não deixam as coisas ficar como estavam antes de se falar no AO? Estava alguém muito incomodado? Tenham calma, senhores, por favor….

    • Maria Mendes on 4 Janeiro, 2012 at 1:47
    • Responder

    @ José
    Fora com o Acordo! Concordo contigo!

    A propósito, como anda a aplicação da nova ortografia do espanhol? Refiro-me àquela que foi resultado de um longo estudo da RAE em conjunto com mais de 20 outros países de língua espanhola que mudou, dentre muitas coisas, a acentuação de palavras como ‘cafe’,’solo’ e até mesmo o nome da letra “y”.

    http://www.rae.es/rae/gestores/gespub000039.nsf/voTodosporId/C6A856FB135C6450C12576D60041BDC7

    http://www.elpais.com/articulo/cultura/i/griega/llamara/ye/elpepucul/20101105elpepucul_9/Tes

    Cumpts anti-acordistas!

    • Claudio de Souza on 4 Janeiro, 2012 at 11:14
    • Responder

    @ Luisa

    Sou contra o AO90 simplesmente porque ele não é necessário!
    Seria impensável que os brasileiros chamassem seu idioma por outro nome que não não que não de língua portuguesa. Mais de um milhão de portugueses vivem hoje no Brasil e um grande número de brasileiros também vive em Portugal. Tais pessoas aprenderam outra língua para viverem aqui ou aí? Sabemos que não! A dificuldade que o brasileiro encontra na compreensão do português-europeu é a maneira como se articulam as palavras e só! Isso se dá porque os brasileiros não estão acostumados a ouvir portugueses. Tanto que os portugueses estão acostumados com o sotaque brasileiro e não têm tais dificuldades.
    Quanto ao vocabulário não se pode esquecer que o Brasil é um país composto de muitas etnias. Para um brasileiro, na maioria das vezes, sempre há mais de uma maneira de dizer a mesma coisa (p.e.: menino, guri, miúdo, garoto, moleque, piá). Na maioria das vezes são palavras oriundas de diferentes povos que compõe o país. Dividir uma língua inteligível em duas não parece algo lógico! Lembro-me de um colega espanhol que sempre dizia que brasileiros e portugueses eram os únicos povos que se acusavam de não falar a mesma língua. Detalhe: todas as acusações eram feitas na mesma língua, aquela objeto da discussão!

    Cumpts.

  5. @N. Custódio
    Tem toda a razão, eu como lisboeta também não gostei dessa parte do “Algarve aos mouros”, onde isso já vai, Portugal é um só, juntamente com as suas ilhas. Mas pronto, foi uma pequena força de expressão excessiva levada pelo fervor com que MST é contra o acordo ortográfico. Eu, inclusivé, aproveito para manifestar igualmente o meu desagrado face a este acordo que altera claramente para nós portugueses a forma visual da nossa língua – o exemplo mais flagrante é a simples palavra “directo” que aparece a toda a hora nos ecrãs das televisões e que agora está como ‘direto’, o que a mim me causa um desconforto e falta de identificação que nem imaginam…

  6. Talvez a antecipar isto que um dos paises membro dos Palop decediu que a partir de 2025 a lingua oficial vai passar a ser o Ingles e não o Portugues.

    Descupla Camões, Desculpa Viriato, Desculpa Dom Afonso Henriques.

    Vejam o que o vosso esforço a ir por agua abaixo.

    • Maria do Carmo on 18 Janeiro, 2012 at 1:20
    • Responder

    @ Custódio

    @ Ana

    Portugal não consegue aceitar a pluralidade de sua língua porque não aceita nem mesmo a de seu povo. Como exigir de um país que aceite as diferenças em outros paises se ele não aceita nem mesmo as suas?

    Cumpts.

    • MAGDA on 10 Fevereiro, 2012 at 17:49
    • Responder

    Este acordo parece que irritou muito Portuguese, porque aqui no Brasil ninguem fala nele, eu por exemplo vou continuar falando e escrevendo como sempre fiz, com todos os acentos nas palavras.Mas eu como muitos brasileiros sou defensora ferrenha da criação do Idioma BRASILEIRO OU BRASILIS, afinal somos 200.000.000 de falantes e temos uma indústria editorial mais pujante , somos um país imenso , com vários Estados, Cidades, sotaques e pessoas, acho mais do que certo termos um idioma próprio(nosso). Além do mais não temos ligação nenhuma com Portugal ,Angola, e como PT é o dono da lingua isto é fato(ou facto) deveria obrigar o Brasil (sua ex colonia) a criar o BRASILEIRO e não mudar o idioma de vocês.Visto que existe muitas diferenças na fala e na escrita.Tudo já sugere a separação das linguas quando compramos algum eletro/eletronico já vem no manual PTBR OU PTPT, já estamos a caminho talvez nem demore, aí será Angola, Portugal e Moçambique e outras mais ou menos 50.000.000 de falantes de Português e 200.000.000 de falantes de BRASILEIRO. Será muito lindo.
    fuiiiiiiii fiquem em paz.

    • BRASILEIRA on 10 Fevereiro, 2012 at 17:55
    • Responder

    NÃO AO ACORDO E SIM A ADOÇÃO DO NOSSO IDIOMA
    BRASILEIRO OU BRASILES, ESTAMOS A CAMINHO DISTO , DEVIDO A DIFERENÇA GRITANTE ENTRE ELES. BREVEMENTE SEREMOS 200.000.000 DE FALANTES DO IDIOMA MAIS LINDO,DOCE E MELODIOSO A LINGUA BRASILEIRA.
    VIVAAAAAAAAA FUIIIIII

    • Luís Ferreira on 10 Fevereiro, 2012 at 20:21
    • Responder

    Magda,

    usa tão bem a gramática que pensei, por momentos, estar a ler um texto escrito por uma portuguesa. Concordo consigo, de facto os brasileiros deviam criar uma nova língua. No meu entender, até devia chamar-se Brazilis, com z.

    Ao contrário de muitos que pensam que o Brazil tem muitas ligações com Portugal e Angola, eu também penso que se trata apenas de um pequeno acidente histórico com um pouco mais de cinco séculos. Uma insignificância, como se pode perceber.

    Também concordo que Portugal devia OBRIGAR os brazileiros a criar o brazilis. Mas os políticos portugueses são como são. O que é que se há-de fazer…

    Talvez tenha toda a razão quando diz que no futuro será Portugal e os países africanos, por um lado, e o Brazil, por outro.

    Cumprimentos!

    • José Bento Machado on 31 Maio, 2012 at 16:08
    • Responder

    Magda,

    Só quero manifestar a minha inteira concordância com o Luís Ferreira e reforçar a ideia dizendo que quantidade nunca foi sinonimo de qualidade.
    Numa sala de aulas com um professor e trinta alunos, quem tem o “saber” é a minoria.
    Mas também acho que é mais que hora de o Brasil ter a sua língua própria e que os brasileiros não têm qualquer culpa que um grupo de “iluminados” portugueses, a troco de, não sei o que lhes passou na cabeça, queira delapidar um dos nossos maiores bens (se não o maior) a nossa língua.

    • Paulo Martins on 12 Setembro, 2013 at 12:59
    • Responder

    Viva!

    Acordo feito por ignorantes para ignorantes.
    Peço a todos os lusófonos que escrevam português e não piratuguês ou brasilês ou ignorantês ou o que raio tentam impor-nos.
    Defendam a vossa identidade, a vossa cultura, a vossa língua.
    Sejam pró-activos e façam valer a vossa opção.
    Lancem aos políticos um repto ou, se preferirem, o que sai do recto, porque depois do acordo será tudo o mesmo, um reto. Até os ângulos.
    Sim, esta frase foi intencional.

    Fiquem bem.

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