O "critério fonético" da "dublagem"

«O Acordo Ortográfico é um acto colonial do Brasil sobre Portugal» [Miguel Sousa Tavares, 20 de Setembro de 2009]

Recorte de imagem: notícia DN online.
Vídeo via Manuela Carneiro, do Brasil.

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7 comentários

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    • J. Cortesão on 6 Outubro, 2011 at 19:21
    • Responder

    -opinião pessoal-

    Quem defende este absurdo são:
    -os piores alunos
    -os piores professores
    -os piores políticos
    -os piores jornalistas
    -os piores escritores
    etc

    Será um deles que tentará subjectivar o conceito de pior.

    Já dizia Camões que para se ser o/a melhor, é preciso mérito. Não é por cunha.

    O posto defende-se por méritos e conhecimentos, não por amizades.

    Lembrete:
    Conhecer não significa conhecer o ‘Catedrático’ tal e tal.
    Subir por mérito não significa subir por cunha.

    Democracia significa também aceitar a maioria.

    +70% dos Portugueses estão contra este absurdo.

    Portugal e o melhor de Portugal continuam abafados. Quanto mais tempo, PIOR.

    • Jorge Pacheco de Oliveira on 7 Outubro, 2011 at 9:10
    • Responder

    Num contexto em que os portugueses a quem resta alguma dignidade reagem à afronta do Acordo Ortográfico, esperando conseguir suspendê-lo, a recente notícia da dobragem da série televisiva “Equador”, de português para brasileiro, como condição para poder ser exibida no Brasil, apenas veio mostrar que há motivos para recear um progressivo achincalhamento da nossa língua, subjugada aos interesses do Brasil.

    Por este caminho não tarda que a ONU, a pedido do Brasil, decida institucionalizar nas sessões plenárias um mecanismo de tradução simultânea de português para brasileiro…

    Ora, se os brasileiros não entendem a nossa forma de pronunciar as palavras, e muitos de nós também não os entendem, não seria melhor começarmos a falar com eles em inglês?

  1. Com o eco passa a «Ecoador».
    Cumpts.

    • Juan Pablo de Mello on 7 Outubro, 2011 at 14:54
    • Responder

    @ JOrge

    Infelizmente não se trata mais de ”tentar” colonizar Portuugal linguisticamente, pois isso já uma realidade. Os adolescentes portugueses vivem a cantar músicas brasileiras e a usar de “gírias” ouvidas na TV deles. Há hoje uma situação inversa, Portugal está a ser colonizado pelo Brasil. Há, inclusive, comunidades na internet que querem propor a implemementação da “nova ortografia” mais rapidam.ente em seu país. Lamento por vocês portugueses terem de se render a podetio económico brasileiro

    Juan Pablo

    (Peço desculpa por alguma gralha pois sou espanhol e aprendo vossa língua a menos de dois anos e agora estou a viver em Brasil)

  2. Eu tenho um quintal para semear o essencial e não morrerei de fome se não me render ao Brasil.

    A César o que é de César. O Latim nasceu na Europa. Viva a Grécia!

    • Alves Pereira on 10 Outubro, 2011 at 10:22
    • Responder

    Isso é a prova provada de que os gentios têm mesmo dificuldade em falar a sua língua-mãe… pois se nem a entendem!!! por este caminho, qualquer dia, aquilo que se fala no Brasil (ouve começar já a escrever Brazil?) já não é português (a minúscula NÃO é engano), mas um qualquer linguarejar típico da Torre de Babel…
    e é a isto que nos querem sujeitar! vilões!
    Cump.

    • Maria José Abranches on 10 Outubro, 2011 at 13:12
    • Responder

    Esta dobragem merece-me algumas considerações:

    Se a televisão pública do Brasil – contrariamente à nossa TV, que nos “encharca” em genuínas telenovelas brasileiras – precisa de dobrar uma série concebida, realizada e já apresentada na TV portuguesa, adaptada do romance de um escritor português e tratando uma temática de carácter nacional e histórico, isso torna ainda mais evidente que:

    1.º – os brasileiros têm dificuldade em entender oralmente o português europeu, o que só confirma o afastamento acentuado, acelerado e irreversível entre as nossas duas normas linguísticas, esta sem dúvida a verdadeira evolução da nossa língua;
    2.º – a TV pública brasileira não está interessada em fomentar a aproximação entre as duas normas, visto que assim recusa a oportunidade de melhorar o conhecimento da nossa norma no Brasil;
    3.º – não faz qualquer sentido conceber uma “ortografia unificada” (vd. AO) da língua portuguesa com “base na pronúncia” (vd. AO), designadamente na questão das “consoantes mudas”, impondo-nos as opções gráficas adoptadas no Brasil, de acordo com os seus próprios critérios fonéticos; as duas ortografias correspondem de facto a “sistemas vocálicos divergentes” (vd. Fernando Venâncio);
    4.º – o famigerado Acordo Ortográfico não surgiu para “a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional” (vd. AO), mas para promover outros interesses – políticos e económicos – dispostos a sacrificar a língua, na sua natural diversidade e evolução, para poderem prevalecer.

    De modo geral, não sou apologista das dobragens, preferindo sempre que possível as versões originais, legendadas (e atenção às traduções!…) quando não entendo a língua original; conhecer uma obra e a cultura que a sustenta passa forçosamente pela língua em que foi concebida e realizada; parece-me muito positivo o recurso a versões multilingues, deixando a cada um a possibilidade de escolher o que mais lhe convém.

    Conclusões:
    – porque teimam os políticos, eleitos por nós, em continuar surdos às nossas vozes, insistindo em impor-nos a “destruição” da nossa língua materna? Não foi a “troika” que o exigiu e até deveria proibi-lo, para evitar gastos absurdos e incontáveis, facilmente previsíveis;
    – porque não surge aquele imparável “sobressalto nacional” capaz de obrigar a ouvir-nos os que têm o dever de defender a nossa língua e a nossa cultura? Um décimo do “patriotismo” suscitado pelo futebol ( e agora pelo fado) já dava jeito…

    [editado a pedido da autora; 2 alterações]

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