Nuno Pacheco subscreveu a ILC

NUNO Manuel Neves PACHECO

(detentor da carteira profissional de jornalista nº 801)

Nasceu em Lisboa, a 15 de Agosto de 1955. Iniciou-se no jornalismo em 1977, no semanário Voz do Povo, onde chegou a chefe de redacção. Integrou os quadros do semanário Expresso de 1981 a 1989, exercendo o cargo de coordenador da Revista, sob a direcção de Vicente Jorge Silva. Co-fundador, em 1989, do diário PÚBLICO, do qual é actualmente director-adjunto, escreve com regularidade sobre música popular brasileira, uma das áreas em que se especializou, desde 1992.

Razões para não aderir ao AO 90

O AO 90 é um acordo basicamente político, elaborado e assinado com total desrespeito pela etimologia e pelas sugestões avisadas de linguistas, feitas a seu tempo. Não une a grafia dos países subscritores, tarefa impossível no ponto a que se chegou, apresenta contradições e erros inadmissíveis num documento com tamanha ambição e cria diferenças até aqui inexistentes. Em vez desta pretensa (mas comprovadamente falsa) “unificação” ortográfica, Portugal e os restantes países que usam o português como língua oficial deveriam empenhar-se seriamente no reconhecimento das variantes do português, cuja riqueza será desnecessário acentuar.

Nuno Pacheco subscreveu a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela revogação da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.

Nota: esta publicação foi autorizada pelo subscritor, que nos enviou, expressamente para o efeito, a respectiva súmula biográfica e o texto sobre o AO90.

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4 comentários

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  1. Um acto muito digno e meritório que saúdo e agradeço penhoradamente. Não se perdia nada uma campanha declarada do «Público» a favor desta Iniciativa nossa. O novo governo só dá mostra de fraqueza e inércia, e o «Públlco» tem um papel importante na nossa comunidade. O que se vê por todo o lado é gente contra esta mosntruosidade linguística e instituições resvalando para a demência acordita. Se os portugueses são tão geralmente contra o execrável (des)acordo (como se vê que são), como se apresenta p. ex. a R.T.P. (sustentada com dinheiro dos impostos) tão militante na afronta? Que sociedade será esta, em que as instituições são compostas por indivíduos, que reflectem e pensam duma maneira, e ao depois institucionalmente o que se nos apresenta é o exacto oposto do que os indivíduos pensam? Por certo os donos do poder se sobrepõem à vontade das pessoas em geral. Mormente em instituições públicas nacionais, em que tal será em toda alinha ilegítimo e imoral. Por conseguinte não fica mal nem será descabido o «Público» abraçar a causa dum tão grande número de pessoas na na nossa comunidade (e leia-se comunidade de língua portuguesa). É uma causa pelo bem comum.
    Ora já vimos que a única forma que nos resta a nós portugueses para forçar os autistas órgãos de soberania nacionais a ouvirem a nossa vontade é propondo em concreto uma lei contra o Acordo Ortográfico no Parlamento. E é pela via duma Iniciativa Legislativa de Cidadãos prevista na lei. Apelo ao «Público» que nos ajude na recolha de assinaturas.
    Cumpts.

  2. Defender o património de Portugal.

    • Alves Pereira on 19 Setembro, 2011 at 11:43
    • Responder

    Amigo Bic:
    parabéns pela maneira brilhante (de resto já costumeira) de pôr as coisas; subscrevo inteiramente.
    Cump.

    • Dulce Gomes on 22 Setembro, 2011 at 10:30
    • Responder

    Muito bem visto, sim senhor! É pena que a grande maioria da nossa pouco informada população não tenha acesso a este tipo de leituras ou comentários, de quem como o Nuno, sabe bem do que está a falar… e muitos outros há, que embora estejam informados da questão, nem sequer se dão ao “incómodo” de fazer algo para alterar a situação. Ainda continuo a ter esperança de não ter que ser forçada a embarcar nesta farsa, e a ter que mudar a minha forma de escrever e de corrigir os trabalhos dos meus alunos por causa do famigerado AO!…

  1. […] integral de artigo da autoria de Nuno Pacheco publicado na revista "2" (suplemento do jornal "Público") de 17 de Março de 2013, página […]

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