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A ILC-AO no Parlamento – gravação
22 Junho, 2017 acção

 

O “sítio” do Parlamento disponibilizou a gravação da nossa audição audiência* no GTAIAAO, a qual, conforme prometido, aqui fica também com o devido destaque.

Depois de já termos publicado o texto da intervenção inicial, aqui ficam também alguns dos tópicos desenvolvidos durante a fase de perguntas e respostas.

 

fotografia de Rocío Ramos

  • Achei interessante a exposição que acabou de fazer; tem em consideração algumas coisas que muitos outros, digamos, movimentos organizados contra o acordo ortográfico não têm, como, de facto, ter referido justamente o caos ortográfico […] (Diogo Leão – PS)
  • Aquilo que me parece é que se estivéssemos em 2010, provavelmente a questão seria relativamente mais fácil e aquilo que a vossa Iniciativa refere é que, no fundo, se suspenda, que não se tomasse uma decisão até haver estudos complementares, e todos temos consciência hoje, penso eu, de que o processo não foi um processo suficientemente participado e informado. Mas estamos nesta altura e nesta altura aquilo que a vossa Iniciativa propõe é, basicamente, uma nova clivagem no sentido de passarmos a fazer uma descontinuidade na utilização [do AO90]. (Margarida Mano – PSD)
  • Conforme referiu a senhora deputada Margarida Mano, o debate [sobre o AO90] existe há 27 anos e não é  pelo facto de um erro já ter uma determinada idade ou de já estar a ser aplicado há cinco anos que justifica o facto de se continuar a aplicá-lo. Pelo contrário, isso cria cada vez uma maior urgência em resolver esse erro e não em perpetuá-lo. (HC – ILCAO)
  • “Não seria fácil, junto da maioria destes países, mesmo daqueles que não subscreveram ainda o acordo, aceitar uma reversão pura e simples daquilo que existe. E, portanto, há todo um caminho a trilhar, a prosseguir, digamos assim; de resto, utilizou, e a meu ver muito bem, eu gostei muita da expressão «abrir caminho para que a diplomacia portuguesa possa actuar». Porque, efectivamente, é isto que está em causa.”  (Jorge Campos – BE)
  • Nós [PCP], como sabem, temos uma visão crítica de todo o processo que envolveu o acordo ortográfico, e em devido tempo apresentámos propostas no sentido de, na Assembleia da República, se poder evitar chegar ao ponto em que estamos hoje. Tínhamos um Projecto de Resolução que nós acreditávamos que podia ser uma saída elegante para esta situação. Agora estamos num ponto já mais avançado e esta também é a questão. E portanto era importante perceber exactamente, em termos também da vossa análise, as perspectivas de trabalho futuro e aquela questão que aqui trouxeram, efectivamente, em termos de uma possibilidade de suspensão para trabalho diplomático pode ser uma questão aqui construtiva, a avaliar, e nós agradecemos muito a sugestão.  (Ana Mesquita – PCP)
  • Vários grupos [parlamentares] referiram a preocupação quanto ao que aconteceria se agora suspendêssemos o acordo ortográfico. No nosso entender isso não causaria uma perturbação tão grande quanto os senhores [deputados] parecem estar a querer dizer. Porque, da parte dos adultos, todos nós aprendemos a escrever sem o AO90; suspender o acordo, para os adultos, seria a coisa mais simples do mundo; ninguém ficaria particularmente perturbado com isso. Pronto, o professor Malaca Casteleiro é natural que sim, mas no nosso caso não haveria mesmo qualquer tipo de perturbação. E quanto às crianças creio que  temos de dar um voto de confiança e acreditar na inteligência das crianças. (HC – ILCAO)
  • O IILP anda a recolher os Vocabulários Ortográficos Nacionais de todos os países da CPLP, tudo bem, o que não se percebe é porque é que o Vocabulário Ortográfico Nacional do meu país não pode ser o NOSSO vocabulário ortográfico. Qual seria o problema? (RV – ILCAO)
  • O Brasil é um país com uma cultura riquíssima, nos mais diversos campos, da música à arquitectura e, claro, na literatura. Nós temos a felicidade de poder ler os autores brasileiros na sua versão original, e o Brasil, se quiser, também pode ler os autores portugueses tal como eles escreveram. Isto é obviamente uma vantagem e é muito mais enriquecedor — e é viável porque as duas variantes são mutuamente e perfeitamente inteligíveis. O que não soubermos, perguntamos e aprendemos. (RV – ILCAO)
  • O acordo ortográfico não é preciso para nada e acho que é tempo de aprendermos com os nossos erros, e de acabarmos com uma experiência que é um corpo estranho no que podia ser uma verdadeira política de intercâmbio e de troca entre a comunidade da CPLP. Mas, se calhar, é mais barato fazer um acordo ortográfico. (RV – ILCAO)
  • Quando pergunto — e eu costumo perguntar isto — porque é que as pessoas usam o acordo ortográfico, a resposta que obtenho, na esmagadora maioria das vezes, é que «é porque tem de ser; porque o cliente exige; porque… porque sim!». Nunca ouvi uma resposta que fosse «porque o acordo ortográfico é excelente e gostamos muito dele».” (HC – ILCAO)

 

ILC_GTAIAAO070617_acta

 

*(Alteração de designação feita pelos serviços parlamentares em 29Jun17)

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