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Uma ILC, seguramente
15 Março, 2017 subscritores

Brincando com o Google Analytics reparámos num dado curioso: se todas as pessoas que visitam a página de subscrição da ILC a subscrevessem de facto, esta estaria agora muito próxima de poder ser entregue na Assembleia da República.

É um exercício interessante imaginar, através de simples dados estatísticos, o comportamento e as motivações de quem visita o “sítio” da ILC. Podemos quase visualizar o percurso de quem chega e quer saber mais sobre a Iniciativa Legislativa de Cidadãos — a página de entrada, o “post” mais recente, novamente a página de entrada, a página de subscrição, uma vista de olhos pelas instruções de preenchimento… e ala que se faz tarde, lá se vai o putativo subscritor para outras paragens.

Esta cena, tantas vezes repetida, veio apressar ainda mais um objectivo que já tinhamos para o sítio oficial da ILC: fazer deste site um espaço virtual seguro.

O que quer isto dizer? Quando se visita um site normal a informação que para lá enviamos pode ser vista/capturada por terceiros. Mas quando o protocolo de comunicacao é seguro  — em https e não apenas em http — todos os dados trocados com esse mesmo site viajam encriptados. A chave para decifrar esses dados é conhecida apenas por quem envia e por quem recebe informação. Não se preocupe, não tem de fazer nada. O seu browser e o servidor de alojamento fazem tudo por si.

Sabemos que estamos a navegar num site seguro quando o respectivo endereço tem um pequeno cadeado ao lado do endereço electrónico (URL).

o "site" da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o "acordo ortográfico" de 1990 já com endereço seguroPara a ILC, o que é que isto interessa?

É certo que ao abrigo da Lei da Protecção de Dados, o nosso nome, data de nascimento e número de BI não são considerados dados sensíveis. Mas são, convenhamos, dados pessoais. Sentimos que é nossa obrigação protegê-los não apenas quando nos são confiados mas também durante o percurso que esses dados fazem para chegar até nós. Não se percebe que um site como, por exemplo, o Petição Pública não disponha deste tipo de ligação segura.

A preocupação das pessoas com os seus dados — justificada, diga-se — fica bem patente quando vemos que há subscritores que aproveitam a caixa de comentários para nos enviar o recado: dados enviados apenas para subscrição da ILC.

Claro que, para nós, estes recados não fazem sentido. Para que outros fins iríamos nós utilizar os dados que nos confiaram? A ILC é uma iniciativa cívica, não é uma agência de vendas por catálogo.

Mas, do ponto de vista da ciber-segurança, esses subscritores têm razão. Podemos nós assegurar a confidencialidade dos dados que nos enviaram? Não só podemos, como queremos, e a isso estamos obrigados por Lei.

E… enquanto os dados estão “em trânsito”? Bem… agora também podemos.

Se visitou a página de subscrição no passado e não assinou porque não viu lá o cadeadozinho, esta é a altura ideal para lá voltar.

Subscrição electrónica

Uma boa semana para todos.

 

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