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30 Outubro, 2016 subscritores

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Amigos,

enviei há dias um e-mail pessoal a um pequeno grupo de pessoas, subscritores da ILC, com os quais troquei algumas linhas aquando da sua subscrição. Podem lê-la no final deste texto.

Chegou agora a altura de falarmos com todos os restantes subscritores — ou, pelo menos, com aqueles de quem guardámos um contacto directo.

A mensagem que começará a circular a partir de agora terá o mesmo teor. Será uma mensagem de subscritor para subscritor. E, sendo certo que esta luta nos aproxima, começará também por esta pequena palavra:

 

Amigos,

Em Janeiro de 2015 escrevi-vos um texto tentando mobilizar-vos para a luta contra o Acordo Ortográfico.

Não tive muito sucesso porque, verdade seja dita, a situação não era muito animadora. A ILC tinha recolhido cerca de 15.000 assinaturas mas o afluxo de novas subscrições estava praticamente estagnado. A perspectiva de conseguirmos recolher as 20.000 assinaturas restantes era irrealista e pensei, sinceramente, que esta causa estava perdida.

Afinal, mais de um ano e meio depois, há razões para termos esperança.

Por um lado… passaram 20 meses, o que é mau porque cada dia que passa é mais um dia em que uma Ortografia coerente e estabilizada continua a ser substituída por um conjunto de normas sem nexo que desafiam o próprio conceito de Ortografia.

Mas, por outro lado, há boas notícias.

Como talvez já saibam, foram aprovadas três alterações à Lei 17/2003, que regulamenta as ILC:

1) deixa de ser necessária a introdução do Número de eleitor
2) o número de assinaturas para uma ILC baixa para 20.000
3) as assinaturas passam a poder recolher-se também por via electrónica.

É fácil perceber que, com estas regras, muita coisa muda.

A ILC passa de uma situação em que lhe faltavam 20.000 assinaturas EM PAPEL, para outra em que lhe faltam apenas 5.000 — que podem ser recolhidas tanto em papel como por via electrónica.

Esta alteração foi aprovada no passado dia 20 de Julho e aguardamos ainda a sua regulamentação — mas a ILC mobilizou-se de imediato. Num curto espaço de tempo

1) Renovámos o site da Iniciativa (www.ilcao.com)
2) Criámos um formulário para a recolha de subscrições online https://ilcao.com/?page_id=19213
3) Demos início à enorme tarefa de tratar informaticamente os milhares de dados das subscrições em papel (de modo a garantirmos que as novas subscrições online são efectivamente novas e não duplicados das já existentes).

Passados 20 meses, as razões para acabarmos com o Acordo Ortográfico permanecem válidas: do ponto de vista científico o AO é e será sempre um desastre. O caos ortográfico vigente, a perda de identidade e dos laços históricos com outras Línguas europeias está aí para o demonstrar.

Do ponto de vista político — o único que poderia, em teoria, justificar o Acordo — nem vale a pena falar: mais de metade dos países da CPLP não o usa (Angola e Moçambique nem sequer o ratificaram) e continuamos sem perceber o sentido de expressões como “valor geo-estratégico” ou “prestígio internacional” da Língua Portuguesa.

Amigos,

Em Janeiro de 2015 pensei estar a escrever-vos pela última vez. Afinal, cá estou eu, mais uma vez, a pedir a vossa intervenção.

Desta vez, já não é uma missão impossível — agora trata-se, apenas e só, de não morrermos na praia.

Peço-vos, não que assinem, porque já o fizeram, mas que divulguem o sítio de subscrição online — https://ilcao.com/?page_id=19213 — por todos os meios ao vosso alcance.

A Língua Portuguesa agradece.

Para qualquer dúvida, aqui estou ao V. dispor.

Rui Valente
rv@ilcao.com

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